Os Channel Zero são uma das instituições do thrash belga que por si só, não é um grande título, já que a Bélgica pode ser conhecida por muita coisa mas não propriamente pela profusão de bandas thrash. Com uma carreira iniciada 24 anos atrás, os belgas nunca conseguiram lançar um álbum que fosse marcante, andando algures entre o groove e o moderno, uma abordagem que até encontrou grande saída graças a bandas como Pantera, mas que nunca teve um momento decisivo. De tal forma que terminaram em 1997 e voltaram apenas em 2009 e desde então lançaram um álbum ao vivo e dois de originais, sendo este o segundo da segunda vida.
Se as reuniões são sempre algo que podem deixar o pessoal de pé atrás, "Kill All Kings" justifica perfeitamente a sua existência com um álbum forte que tem o seu principal atractivo no groove modernaço, misturado com bons refrões, ocasionais e curtos mas muito bons solos (o de "Digital Warfare" é um bom exemplo) e até ocasionais momentos mais compassados e melódicos como "Brothers Keeper". O grande forte é mesmo a sua variedade, a força que reside em faixas que transmitem algo mais melancólico e outras algo mais raivoso, sendo que na maior parte das vezes isso acontece na mesma faixa - "Ego" é outro exemplo perfeito.
Outro dos pontos fortes, é a voz de Franky Van Damme, que se mostra perfeita para este som, lembrando muitas vezes Glenn Danzig - em "Crimson Collider" essa semelhança é assustadora. Resumido, é um álbum tão bom que é capaz de se assumir como o mais forte da carreira da banda belga desde sempre que poderá fazer com que olhem com mais atenção para ela e mostrar que a perca do seu baterista de sempre, Phil Baheux, no final do ano passado não beliscou em nada o seu poderio criativo e com a bateria entregue a Roy Mayorga também seria de esperar um trabalho competente nesse campo. Thrash metal moderno (que nesta altura já soa a antigo) de qualidade e que promete sobreviver ao teste do tempo.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Se as reuniões são sempre algo que podem deixar o pessoal de pé atrás, "Kill All Kings" justifica perfeitamente a sua existência com um álbum forte que tem o seu principal atractivo no groove modernaço, misturado com bons refrões, ocasionais e curtos mas muito bons solos (o de "Digital Warfare" é um bom exemplo) e até ocasionais momentos mais compassados e melódicos como "Brothers Keeper". O grande forte é mesmo a sua variedade, a força que reside em faixas que transmitem algo mais melancólico e outras algo mais raivoso, sendo que na maior parte das vezes isso acontece na mesma faixa - "Ego" é outro exemplo perfeito.
Outro dos pontos fortes, é a voz de Franky Van Damme, que se mostra perfeita para este som, lembrando muitas vezes Glenn Danzig - em "Crimson Collider" essa semelhança é assustadora. Resumido, é um álbum tão bom que é capaz de se assumir como o mais forte da carreira da banda belga desde sempre que poderá fazer com que olhem com mais atenção para ela e mostrar que a perca do seu baterista de sempre, Phil Baheux, no final do ano passado não beliscou em nada o seu poderio criativo e com a bateria entregue a Roy Mayorga também seria de esperar um trabalho competente nesse campo. Thrash metal moderno (que nesta altura já soa a antigo) de qualidade e que promete sobreviver ao teste do tempo.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
