E já está aí o segundo trabalho, tão aguardado, dos Soen, super banda que foi criada pelo baterista Martin Lopez (ex-Opeth e Amon Amarth) e contava ainda com o baixista Steve DiGiorgio (de uma quantidade absurda de bandas), vocalista Joel EKelöf (dos praticamente desconhecidos Willowtree) e o guitarrista Kim Platbarzdis. O primeiro álbum foi bem recebido pela crítica e fãs de metal progressivo e as comparações a Tool foram sempre uma constante, comparações essas que Lopez não refutou, pelo contrário, referindo-os commo uma inspiração. Dois anos depois, DiGiorgio sai e entra Stefan Stenberg entra, mas o som não foge muito ao anterior trabalho, o que à partida, é um grande ponto positivo.
Com a bateria complexa como já se conhece de Lopez (em "Pluton" parece que temos uma música que poderia ter sido lançada num álbum dos Opeth, ali por alturas do "Ghost Reveries" sem destoar), riffs intrincados mas sem deixar para segundo plano a melodia, com o baixo a seguir a complexidade da bateria, tem-se a base instrumental para um álbum quase perfeito, no entanto, e considerando de que não estamos a falar de música instrumental, a voz tem uma parte fundamental no julgamento final deste trabalho. Mesmo com uma base de qualidade estratosférica, é na voz de Ekelöf que está o segredo do sucesso desta banda. A emotividade com que cada música ataca no ouvinte é impressionante.
Não importa que não é o som mais original do mundo, não interessa que sejamos empurrados para e entre nomes como Opeth, Tool e Katatonia, para citar apenas alguns. Interessa sim, a forma como este álbum apaixona à primeira audição, como posteriormente obriga a que essa paixão seja consumada vezes sem conta é o principal factor que nos indica a qualidade deste trabalho. Desde o início com a sequência com "Komenco/Tabula Rasa", passando por malhas como "The Words" e "Koniskas" até às autênticas viagens emocionais como "Void" e "the Other's Fall", este trabalho vai sem dúvida custar a sair das nossas cabeças e das nossas aparelhagens - não exactamente por esta ordem.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Com a bateria complexa como já se conhece de Lopez (em "Pluton" parece que temos uma música que poderia ter sido lançada num álbum dos Opeth, ali por alturas do "Ghost Reveries" sem destoar), riffs intrincados mas sem deixar para segundo plano a melodia, com o baixo a seguir a complexidade da bateria, tem-se a base instrumental para um álbum quase perfeito, no entanto, e considerando de que não estamos a falar de música instrumental, a voz tem uma parte fundamental no julgamento final deste trabalho. Mesmo com uma base de qualidade estratosférica, é na voz de Ekelöf que está o segredo do sucesso desta banda. A emotividade com que cada música ataca no ouvinte é impressionante.
Não importa que não é o som mais original do mundo, não interessa que sejamos empurrados para e entre nomes como Opeth, Tool e Katatonia, para citar apenas alguns. Interessa sim, a forma como este álbum apaixona à primeira audição, como posteriormente obriga a que essa paixão seja consumada vezes sem conta é o principal factor que nos indica a qualidade deste trabalho. Desde o início com a sequência com "Komenco/Tabula Rasa", passando por malhas como "The Words" e "Koniskas" até às autênticas viagens emocionais como "Void" e "the Other's Fall", este trabalho vai sem dúvida custar a sair das nossas cabeças e das nossas aparelhagens - não exactamente por esta ordem.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira