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Krokodil - "Nachash" Review


Ainda há pouco tempo falámos de super-grupos. Existem dois tipos de super-grupos, aqueles que têm músicos de bandas que são bastante conhecidas e outros que são de bandas pouco conhecidas mas que por um motivo ou outro tem estatuto de bandas de culto. Os Krokodil (bom nome, já agora) pertencem ao último grupo embora seja sempre uma observação um pouco subjectiva, dependendo sempre de quem a profere. Com membros (antigos e actuais) dos Cry For Silence, Hexes, Gallows e Sikth (sendo estes os mais conhecidos mas nem por isso mais imediatos), "Nachash" representa a estreia do projecto, com o objectivo de lançar algo diferente. Ficamos sem saber se é algo diferente daquilo que os membros fazem ou fizeram nos seus outros projectos onde participam ou parteciparam ou se ainda é algo diferente a tudo o resto que mexe, vive e respira.

Ao ouvir a abertura "Shatter" chegamos à conclusão, certamente precipitada e provavemente errada, de que não. Com laivos de sludge vitaminado com hardcore, apesar de agradável, não existe nada novo naquilo apresentado. No entanto, é com "Skin Of The Earth" que percebemos aquela expressão que faz parte da cultura popular americana "it ain't over 'till the fat lady sings". Com o uso de umas melodias que impressionam de tão orelhudas que são e ao mesmo tempo conciliando uma energia à qual é impossível de ficar indiferente, chegamos à conclusão de que ao segundo tema é demasiado cedo para tirar conclusões definitivas para os Krokodil. Algo que o resto do álbum comprovaria facilmente.

Não é o tipo álbum que vos vai deixar à toa, estupefactos pela sua originalidade ou até mesmo eficácia - porque aqui existem alguns temas que são genéricos demais para que fiquem na memória depois de uma primeira audição, como a "A Life Live In Copper, But Painted As Gold" - mas no geral é um bom esforço, com bons temas ("The Collapse", a instrumental "Ragnarok","Sun Riders" e "Sobek" têm que ser destacados, sem dúvida) bom o suficiente para que se dê o benefício da dúvida em relação ao futuro. Trabalho interessante o q.b., pode ser que num eventualsegundo trabalho nos consigam tirar as dúvidas definitivamente.


Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira