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Sanctuary - "The Year the Sun Died" Review


Adoraria dizer que este ressurgimento dos Sanctuary seria o substituto ideal para o vazio deixado pelos Nevermore agora que entraram em estado “unknown”, depois da crise que resultou na saída de dois dos seus principais integrantes. Mas infelizmente nada pode substituir a banda lendária de Seattle, nem mesmo a entidade que precedeu a formação da mesma.

Para quem não conhece os Sanctuary, estes tiveram o azar de surgir na altura errada, no pior dos sítios. Pelo menos para quem tem pretensões de granjear algum reconhecimento tocando uma mescla de power metal com thrash, estar no inicio dos anos 90 em plena capital do Grunge, é meio caminho para passar completamente despercebido, ainda que já tivessem dois discos interessantes em bagagem. Daí que Warrel Dane, Jim Sheppard e um tal roadie de nome Jeff Loomis, que se diz seria o futuro guitarrista dos Sanctuary, desmantelam a banda, e formam os Nevermore. E o resto é história.

Hoje em dia com os Nevermore a serem uma incógnita, Dane e Sheppard lá conseguem reunir (quase todo) o gang antigo, e pôr os Sanctuary de volta ao activo com este "The Year the Sun Died". Mas infelizmente trata-se de um disco que soa a Nevermore por todos os lados, mas sem o sal dos mesmos. Arrisco dizer que até mesmo "The Obsidian Conspiracy", mesmo sendo um disco que fica aquém do resto da discografia Nevermore, soa mais interessante que "The Year the Sun Died". Raios, até os discos a solo de Warrel Dane são mais apelativos.

Tudo muito bem tocadinho é verdade (afinal de contas há aqui talento que nunca mais acaba), um ou outro refrão engraçado ("Frozen", "Exitium"), e o vozeirão habitual de Warrel Dane, fora isso (que visto bem não é assim tão pouco) não há aqui muito por onde pegar. Mais parece que este ressurgimento foi um embuste criado por Dane e Sheppard para ver o que é que estes valem sem Loomis e Williams, sem com isso ameaçar o legado Nevermore. Se assim for não parece a melhor das atitudes, mesmo que o resultado ainda assim seja pouco mais que satisfatório.

Nota: 5.8/10

Review por António Salazar Antunes