A banda nova-iorquina de hardcore está de volta pela mão da Nuclear Blast depois de quatro anos de ausência e volta como se não se tivessem ausentado. A intro instrumental que antecede o tema título é a abertura ideal para o álbum e para a música, uma música que é uma homenagem sentida ao underground do hardcore, aos fãs, às bandas, ao movimento que continua bem vivo. Todo o álbum poderá ser visto como seguindo este conceito. Quando não o segue literalmente, acaba por ir tocar em pontos chave como as lutas interiores, afirmação de personalidade e a família que une todos os que gostam de hardcore. "The Balance", "DNA", "The Here And Now", "The Beast" e "For The Judged" são bons exemplos.
Com a produção potente de Zeuss e as participações especiais de Scott Vogel (dos Terror), Toby Morse (dos H2O), Chad Gilbert (New Found Glory), CM Punk (ex-lutador de luta livre americana) e Candace Puopolo (dos Walls Of Jericho), este é um trabalho que mostra que quem sabe, sabe sempre. Fazê-lo numa altura em que muitos afirmam saber fazer, sem ter o amor ao estilo que os Madball demonstram ter, além de demonstrar a sua qualidade, mostra capacidade de manter a identidade sem no entanto fazer sempre o mesmo. Mesmo num estilo em que não há muito mais a inventar ou a fazer.
Num mundo em que o prato do dia é metalcore e deathcore, quando chega uma proposta clássica de hardcore, até soa como uma lufada de ar fresco. É o que acontece com este "Hardcore Lives" que tem título de ser num manifesto de como fazer bom hardcore. E é engraçado como é que a banda, sem renegar às suas raízes e identidade hardcore (uma identidade muito sua), acaba por soar mais metálica do que muitos dos cruzamentos que por aí andam. São a prova viva de que quando as coisas são feitas do coração, não interessa bem o que sai, interessa é que soe verdadeiro. Tem um título de manifesto, soa a manifesto, é um manifesto hardcore.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Com a produção potente de Zeuss e as participações especiais de Scott Vogel (dos Terror), Toby Morse (dos H2O), Chad Gilbert (New Found Glory), CM Punk (ex-lutador de luta livre americana) e Candace Puopolo (dos Walls Of Jericho), este é um trabalho que mostra que quem sabe, sabe sempre. Fazê-lo numa altura em que muitos afirmam saber fazer, sem ter o amor ao estilo que os Madball demonstram ter, além de demonstrar a sua qualidade, mostra capacidade de manter a identidade sem no entanto fazer sempre o mesmo. Mesmo num estilo em que não há muito mais a inventar ou a fazer.
Num mundo em que o prato do dia é metalcore e deathcore, quando chega uma proposta clássica de hardcore, até soa como uma lufada de ar fresco. É o que acontece com este "Hardcore Lives" que tem título de ser num manifesto de como fazer bom hardcore. E é engraçado como é que a banda, sem renegar às suas raízes e identidade hardcore (uma identidade muito sua), acaba por soar mais metálica do que muitos dos cruzamentos que por aí andam. São a prova viva de que quando as coisas são feitas do coração, não interessa bem o que sai, interessa é que soe verdadeiro. Tem um título de manifesto, soa a manifesto, é um manifesto hardcore.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira