De um cenário de pobreza a nível de propostas de relevo para os dias de hoje em que temos todos os dias novos valores e novas propostas de qualidade a surgir parece que foi instante. Houve uma evolução da cena e ainda estamos muito longe da perfeição, mas quando se assiste a esta estreia discográfica dos Crossed Fire, uma banda algarvia, é impossível não se ficar com um sentimento misto de orgulho e de certeza de que a nossa cena de peso está de extrema boa saúde. Depois de uma intro instrumental – já muitas vezes foi referido como é refrescante termos intros instrumentais que realmente justificam a sua razão de ser no alinhamento do álbum e aqui não se foge a essa tendência – “Hope Fades Away” deita abaixo a casa com poder e feeling metaloroqueiro.
“Black Lightning” e o tema título surgem para provar que não foi sorte com o tema anterior, reforçando ainda mais a abordagem mais moderna ao metal, vindo-nos à mente nomes como Pantera e Pro-Pain e todos os seus descendentes. Energia a rodos que foca-se no groove (havendo até um pouco de hardcore aqui e ali) mas que não esquece a melodia. Não é nada que não tinha sido ouvido antes, mas o que faz a diferença aqui não é o que a banda faz, é a forma como o faz. Com raça e potência que tornam com que se mergulhe completamente nesta proposta que não chega a atingir os quarenta minutos. Temas como “Despair” e “Evolution” juntam o melhor do rock moderno com o peso do metal e o resultado é irresistível
Sem dúvida que o forte da banda serão os palcos. A música aqui contida aponta claramente nessa direcção, mas este álbum é um excelente começo discográfico para eles. Com peso, groove, uma guitarra solo irrequieta e certeira na forma como agarra os leads e solos, fica muito pouco a faltar que se possa exigir. A qualidade de “Life’s A Gamble” não é tanto pela qualidade das suas músicas (que é inegável) ou pela forma como todas juntas fazem com que este álbum, é simplesmente por inspirarem a algo superior, a algo que não se define tanto por palavras mas mais por sensações. A sensação maior é que temos aqui mais um diamante em bruto na música nacional.
“Black Lightning” e o tema título surgem para provar que não foi sorte com o tema anterior, reforçando ainda mais a abordagem mais moderna ao metal, vindo-nos à mente nomes como Pantera e Pro-Pain e todos os seus descendentes. Energia a rodos que foca-se no groove (havendo até um pouco de hardcore aqui e ali) mas que não esquece a melodia. Não é nada que não tinha sido ouvido antes, mas o que faz a diferença aqui não é o que a banda faz, é a forma como o faz. Com raça e potência que tornam com que se mergulhe completamente nesta proposta que não chega a atingir os quarenta minutos. Temas como “Despair” e “Evolution” juntam o melhor do rock moderno com o peso do metal e o resultado é irresistível
Sem dúvida que o forte da banda serão os palcos. A música aqui contida aponta claramente nessa direcção, mas este álbum é um excelente começo discográfico para eles. Com peso, groove, uma guitarra solo irrequieta e certeira na forma como agarra os leads e solos, fica muito pouco a faltar que se possa exigir. A qualidade de “Life’s A Gamble” não é tanto pela qualidade das suas músicas (que é inegável) ou pela forma como todas juntas fazem com que este álbum, é simplesmente por inspirarem a algo superior, a algo que não se define tanto por palavras mas mais por sensações. A sensação maior é que temos aqui mais um diamante em bruto na música nacional.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
