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Finsterforst - "Mach Dich Frei" Review


O início deste “Mach Dich Frei” promete, esquecendo a breve intro “Abfahrt” que não aquece nem arrefece. A banda alemã surge-nos do nenhures com um som épico a fazer lembrar os melhores momentos dos Moonsorrow, com o sentido épico no sítio certo e a capacidade e talento na medida certa para começar um álbum com uma música com quase quinze minutos – esquecendo a já mencionada “Abfhart”. É que nem o facto de cantarem em alemão exclusivamente é um problema. Para se ser brutalmente sincero, a qualidade deste som não assenta nem naquilo que é dito nem como é dito. Obviamente se a voz for desagradável ou que cause desequilíbrio no final, é um problema, no entanto, isso nem sequer se coloca já que a voz cumpre perfeitamente a sua função, tanto na voz mais extrema como nas vocalizações limpas.

“Zeit Für Hass” nem parece ter quase dez minutos, pela forma como flui e os interlúdios “Im Auge Des Sturms” e “Reise Zum…” surgem de forma inteligente, dando um pouco mais de dinâmica às faixas que se seguem, principalmente ao tema título que surge de forma esplendorosa, ele que é uma das grandes malhas deste trabalho, juntando peso e melodia folk de forma extremamente exemplar – por vezes até parece usar a melodia da “Misty Mountains Cold” do primeiro filme do “Hobbit”. “Mann Gegen Mensch” faz lembrar “Death In Fire” dos Amon Amarth mas é um sentimento que depressa se diluí com a progressão da faixa. O melhor ficaria guardado para o final com o tema “Finsterforst”. Simplesmente sem palavras, como em vinte e três minutos de beleza épica conseguem resultar de forma perfeita.

Muitos poderão alegar que o que se pode ouvir aqui já foi feito incontáveis vezes e essa é uma realidade, mas o que também é realidade é que “Mach Dich Frei” é um senhor álbum de metal épico, possuindo mesmo com os seus setenta e quatro minutos qualidade suficiente para se ouvir de seguida várias vezes. É essa vitalidade e força que tem. Um álbum impressionante que sem dúvida se assumirá ao longo do tempo como um dos clássicos do género, ao lado dos já citados Moonsorrow e Bathory.


Nota: 9.5/10

Review por Fernando Ferreira