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Entrevista aos Cancer


A Metal Imperium esteve à conversa com Carl Stokes, baterista e membro fundador de Cancer, banda britânica de old school death metal, acerca da recente passagem deste por Portugal e sobre o futuro do grupo que se voltou a reunir recentemente.

M.I. - Cancer já se separou por duas vezes, uma em 1996 e a outra em 2006, sendo que esta última aconteceu após uma breve reunião que durou apenas 3 anos, tendo a banda voltado a juntar-se em 2013. Como é que explicas este vosso percurso enquanto grupo?

Quando Cancer se separou pela primeira vez, foi em 1996, e tal aconteceu por termos tido alguns problemas com a editora em que estavamos a na altura, a EastWest, e isso fez com que fosse claro que não dava para contiuarmos assim. Nesta altura decidimos mudar um pouco a nossa sonoridade e experimentar coisas novas como músicos, e ficamos bastante satisfeitos com o trabalho feito para o álbum “Black Faith” (1995), mas a editora, e a indústria em si, na altura não ficaram muito contentes, e a modo que sugaram por completo toda a vida que havia dentro de nós e da banda. Foi basicamente isto que aconteceu e que levou à separação na altura. Em 2003 voltamos a reunir-nos e a tentar de novo, mas havia ali algo que não estava a bater muito certo, por isso essa reunião acabou por não durar muito. Agora estamos de volta, e esta nossa “nova” formação conta com 3 dos membros fundadores da banda, e estamos actualmente naquele ponto em que finalmente bate tudo certo outra vez. É uma sensação muito boa, é como voltares a calçar o teu par de sapatos favorito ao fim de muitos anos.

M.I. - Durante o período de tempo em que estiveram separados, alguns de vocês estiveram envolvidos noutros projectos. Isso veio alterar de alguma forma a vossa dinâmica agora enquanto banda?

Sim, todos nós estivemos envolvidos em projectos distintos. O John (guitarra/voz) esteve com Liquid Graveyard, o Ian (baixista) tem um projecto de música electrónica, e eu estive envolvido em várias bandas, como os Groundhogs e Current 93. Mas agora, com esta reunião, trouxemos Cancer de volta às origens musicais, de forma a não perdermos a nossa identidade. Por isso, a meu ver, o facto de termos estado noutros grupos não veio mudar em nada aquilo que estamos agora a fazer, quer seja o nosso som ou forma de trabalhar uns com os outros.


M.I. - Estão a pensar em lançar um novo álbum ou EP ainda este ano?

Este ano não. Mas estamos a começar a fazer os preparativos para um novo álbum, que esperamos vir a lançar em 2016.


M.I. - Como é que descrevem então o vosso som actualmente?

Old School Death Metal. Estamos completamente de volta às nossas origens.


M.I. - Qual acham que vai ser a reacção do público a um novo lançamento?

Esperemos que seja boa e que gostem do que aí vem. Mas penso que é a nós que cabe fazer por isso, fazer algo que os destrua por completo, que serre as suas pernas e que cuspa nos seus cadáveres putrefactos (risos).


M.I. - Têm alguma tour europeia planeada para breve?

Não vamos fazer nenhuma tour completa sem antes lançarmos um novo álbum. Para já vamos fazendo alguns concertos e uns quantos festivais, mais nada.


M.I. - Como é que descrevem a experiência que foi terem tocado no passado dia 10 de Janeiro no 21º Mangualde Hardmetalfest?

Foi um concerto brutal, e que nos correu bastante bem. Vocês aí em Portugal sabem mesmo divertir-se à grande nos concertos.


M.I. - Quais são os locais onde mais gostam de tocar ao vivo?

Nós adoramos tocar ao vivo! A experiência de andar em tour pelos EUA é sempre fantástica, e também adoramos Portugal, obviamente. O ano passado tocamos na Roménia e foi uma experiência incrível. Mas, no geral, todos os concertos que temos dado desde que nos voltamos a reunir têm sido muito bons.


M.I. - Como é que projectam o futuro de Cancer?

Quem sabe ao certo aquilo que o futuro nos traz? Podemos todos acabar por ter cancro e morrer (risos), mas esperemos que não. Um novo álbum vem aí a caminho, assim como, muito possivelmente, uma tour europeia.


M.I. - Gostavam de deixar alguma mensagem para os vossos fãs portugueses?

Uma mensagem para os fãs? Bem a radiação provoca cancro, assim como fumar, e a masturbação também, por isso tenham muito cuidado (risos). Muito obrigado!


Entrevista por Rita Limede