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O estilo black metal melódico ou sinfónico atravessou uma grave crise de saturação (ou inspiração) nos primórdios deste novo milénio, entrando em decadência, mas aos poucos, aqui e ali foram surgindo bandas apostadas em mostrar algo mais que imagem. É o caso destes Withering Soul, que mesmo existindo desde 1999, apenas em 2004 lançaram o seu primeiro álbum, chegando agora ao terceiro com este "Adverse Portrait". Se a banda ao longo dos anos foi deixando para trás as influências mais góticas e certificando-se que o protagonismo era dado sobretudo às guitarras - embora as teclas e os seus arranjos continuem a estar presentes.
O problema que fica bem claro com este terceiro álbum logo no início, é que existe por aqui muitos lugares comuns no estilo onde tudo já foi praticamente criado. Não é dizer que o som dos norte-americanos lembra alguém em específico ou até que a banda não tem identidade. Nada disso. É apenas afirmar aquilo que já se sabe há muito tempo, é muito difícil mostrar algo que marque ou que faça profundamente a diferença neste estilo. ou seja, os ouvintes já criaram anticorpos contra certos gimmicks, o que resta apenas aos Withering Soul (ou outra qualquer banda) a opção de fazer músicas excepcionais.
Apesar destas oito músicas (se contarmos com a inevitável intro instrumental "Vestige") serem bons temas não o são de forma suficiente para nos impressionar, o que restam apenas duas opções. 1ª: O ouvinte gosta mesmo de black metal melódico (mais próximo de uns Dawn do que propriamente Anorexia Nervosa) e nesse caso, é um álbum bem agradável de ouvir. 2ª: O ouvinte não se consegue deixar impressionar pela qualidade das músicas que teriam um impacto bem maior se tivessem sido lançadas em 1997. Seja como for, é um bom esforço, ainda que seja algo que dificilmente perdurá.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
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