Mais um nome italiano que nos surge do passado. Com uma primeira encarnação que remonta à segunda metade da década de oitenta, os Adramelch voltaram já a meio da primeira década do novo milénio para uma segunda encarnação cheia de classe. Embora tenham andado a passar um pouco ao lado das atenções do género onde se inserem, metal progressivo, este “Opus”, o seu quarto trabalho, esbanja classe e bom gosto sem o mínimo cuidado. Se formos a fazer uma aproximação, diríamos que o nome mais próximo são os Fates Warning, embora seja redutor mencionar apenas um nome (ou qualquer nome) para determinar a sua qualidade.
O que é irónico é que apesar deste trabalho, que é o primeiro em que a banda conta com a produção de um produtor profissional – neste caso Guido Black - ser uma excelente obra de heavy metal progressivo (temas como “Long Live The Son” e “Pride” demonstram ter o necessário para sobreviver ao teste do tempo), é também o último álbum da banda italiana que entretanto anunciou a sua dissolução. Não deixa de ser um sentimento estranho, estarmos perante um álbum desta qualidade e saber que o final chegou porque provavelmente a talentosa banda estava cansada de fazer sermão aos peixes.
Fica-nos a consolação de termos temas como “Northern Lights” (e o seu final mesmo à Riverside), “Only By Pain” e “As The Shadows Fall” como legado de um talentoso colectivo que pegou numa forma de fazer metal que não é imediata mas que sem dúvida é valorosa. Quase que apetecia que esta banda se tornasse de culto agora que terminava, embora esse cenário também nos pareça improvável. Seja como for, é uma obra de metal progressivo algo negra e melancólica mas acima de tudo, com qualidade. A cena italiana do género perdeu um grande nome mas que nos deixa um grande álbum.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
O que é irónico é que apesar deste trabalho, que é o primeiro em que a banda conta com a produção de um produtor profissional – neste caso Guido Black - ser uma excelente obra de heavy metal progressivo (temas como “Long Live The Son” e “Pride” demonstram ter o necessário para sobreviver ao teste do tempo), é também o último álbum da banda italiana que entretanto anunciou a sua dissolução. Não deixa de ser um sentimento estranho, estarmos perante um álbum desta qualidade e saber que o final chegou porque provavelmente a talentosa banda estava cansada de fazer sermão aos peixes.
Fica-nos a consolação de termos temas como “Northern Lights” (e o seu final mesmo à Riverside), “Only By Pain” e “As The Shadows Fall” como legado de um talentoso colectivo que pegou numa forma de fazer metal que não é imediata mas que sem dúvida é valorosa. Quase que apetecia que esta banda se tornasse de culto agora que terminava, embora esse cenário também nos pareça improvável. Seja como for, é uma obra de metal progressivo algo negra e melancólica mas acima de tudo, com qualidade. A cena italiana do género perdeu um grande nome mas que nos deixa um grande álbum.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira