Este álbum auto-intitulado dos noruegueses Blomst que confirma que o talento realmente abunda por aquelas paragens, em qualquer que seja a vertente e no caso dos Blomst, até nem temos nada muito elaborado. O som da banda mistura o rock indie e alternativo da década de noventa com um forte aroma punk clássico de acordo com aquilo que era feito na década de oitenta, sem esquecer a vaga de new wave dos inícios da mesma década. Ou seja, uma mistela que resulta numa música interessante.
Há apenas um pequeno pormenor que de certeza fará com que as expectativas de internacionalização da banda encontrem uma barreira: cantam em norueguês. Quando se trata de metal extremo, who the fuck cares, certo? Considerando o género, poderá haver aqui um entrave já que as músicas em si até são bem atractivas do ponto comercial, principalmente a faixa de abertura "Meningen Med Livet". A banda conjuga na perfeição uma série de características vencedoras, tais como a melodia do rock indie, a rebeldia e a energia crua do punk.
Faz-nos recordar uma série de bandas norte-americanas, muitas delas one-hit-wonders, da mudança do milénio e esse acaba também por ser o seu ponto fraco. A sua música não agarra. Não tendo nada a apontar especificamente, apenas não agarra, não marca. Deixa boas indicações para um futuro próximo, mas por agora, não existe aqui nada que faça o sangue fervilhar. Ainda assim, uma audição agradável que pode dar lugar a outras quantas mas que dificilmente fará com que se volte a "Blomst" uns meses mais tarde.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
