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Cut Up - "Forensic Nightmares" Review


“Forensic Nightmares” é o primeiro álbum dos Cut Up, mas nem se pense de que se trata de uma banda inexperiente nestas andanças. Poderá dizer-se que os Cut Up são uma sequela dos Vomitory levada a cabo por dois dos seus membros: o guitarrista/vocalista Erik Rundqvist e o baterista Tobias Gustafsson, que se juntaram a Anders Bertilsson (que já tinha colaborado com eles nos Vomitory como músico contratado) e Andreas Björnson(vocalista/guitarrista dos Fetus Stench). Ou seja, tudo junto, existem razões para que se fique seguro de que a selvajaria dos Vomitory tenha nos Cut Up um legado à altura.

Apesar de sueca, aquilo que nos vem à mente aquando a explosão que é o malhão “Enter Hell”, é de pensar que se trata de uma banda de death metal norte-americana, o que em si é bem refrescante, isto conservando aquele cariz clássico que bandas como Monstruosity, Malevolent Creation e Immolation já nos habituaram. A usar de forma inteligente as várias dinâmicas disponíveis, este é um álbum de death metal que dá gosto ouvir do início ao fim, soando até catchy algumas das vezes -
nota em relação a esta última frase. Não quer isto dizer que malhões como “Burial Time”, “Remember The Flesh” e “A Butchery Improved” são temas melódicos e capazes de cativar fãs de coisas mais mainstream. Nem de perto nem de longe. Este início de álbum é catchy sobretudo para quem aprecia death metal. Todos os ganchos correctos (daí as palavras “inteligente“ e “dinâmicas”) são usados da forma correcta e o resultado é mesmo death metal cativante.

Considerando que estamos a falar de death metal e de que temos cerca de onze músicas, é obra chegar ao final do álbum e querer repetir a dose mais umas quantas vezes sem apresentar sinal de cansaço. Isto sem apresentar nada de extraordinariamente inovador, afinal, death metal é death metal. Aliado a uma produção moderna e poderosa que só favorece o produto final – ou seja, ainda o torna mais viciante. A comprovação em como é possível fazer um discaço de death metal, sem desviar um milímetro sobre aquilo que o estilo é e representa. Agora com licença, que vou ouvir mais uma dezena de vezes.


Nota: 8.7/10

Review por Fernando Ferreira