O death metal moderno e melódico dos Scar Symmetry tem tudo para confundir os fãs da música pesada. Para já, uma abordagem bem moderna ao metal e depois a aproximação não tanto a sonoridades progressivas mas principalmente a estruturas, revelando a sua ambição por diversas vezes. Quando a banda anuncia não um mas três álbuns conceptuais, ligados entre si, então pode-se pensar que se calhar essa ambição é levado um pouco longe demais. Isto se não se conhecer a música da banda sueca. Com seis álbuns às costas (contando com este), a banda já provou por diversas vezes o seu talento e ao ouvir "Neohuman" fica-se logo com a ideia que esta será mais uma prova superada.
Com um sentido de melodia impressionante, é impossível não se ficar fascinado com as teias melódicas que a banda constroi em cada música. Mesmo para quem não aprecia esta coisa dos guturais, não poderá (simplesmente não pode, é impossível!) fica indiferente ao instrumental. Complexo, desafiante, viciante, empolgante, faltam os adjectivos capazes de definir com justiça este trabalho. Temos coisas complexas longas ("Neohuman" e "Tecnhocalyptic Cybergeddon"), temos coisas complexas curtas (a instrumental "Children Of The Integrated Circuit") e até coisas complexas melódicas e pesadonas ("Limits To Infinity", "Cryonic Harvest), temos o que se quer, se o que se quiser for metal moderno, progressivo, pesado e, porque não, clássico.
É um pouco difícil desafiar o teste do tempo e tentar prever como as coisas vão envelhecer, mas agora já passado algum tempo após o seu lançamento, é possível apreciar a sua capacidade de longevidade. Vamos colocar as coisas de outra forma. Se este trabalho, esta "Phase I", tem esta exuberância toda em termos de qualidade, então uma de duas coisas vai acontecer - e é o máximo de previsão que arriscamos a fazer: ou as sequelas ficam bem aquém, ou então surpreendem tudo e todos com outras obras-primas. Uma coisa é certa, atingir igual qualidade ou melhor é difícil de atingir. Bomba.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Com um sentido de melodia impressionante, é impossível não se ficar fascinado com as teias melódicas que a banda constroi em cada música. Mesmo para quem não aprecia esta coisa dos guturais, não poderá (simplesmente não pode, é impossível!) fica indiferente ao instrumental. Complexo, desafiante, viciante, empolgante, faltam os adjectivos capazes de definir com justiça este trabalho. Temos coisas complexas longas ("Neohuman" e "Tecnhocalyptic Cybergeddon"), temos coisas complexas curtas (a instrumental "Children Of The Integrated Circuit") e até coisas complexas melódicas e pesadonas ("Limits To Infinity", "Cryonic Harvest), temos o que se quer, se o que se quiser for metal moderno, progressivo, pesado e, porque não, clássico.
É um pouco difícil desafiar o teste do tempo e tentar prever como as coisas vão envelhecer, mas agora já passado algum tempo após o seu lançamento, é possível apreciar a sua capacidade de longevidade. Vamos colocar as coisas de outra forma. Se este trabalho, esta "Phase I", tem esta exuberância toda em termos de qualidade, então uma de duas coisas vai acontecer - e é o máximo de previsão que arriscamos a fazer: ou as sequelas ficam bem aquém, ou então surpreendem tudo e todos com outras obras-primas. Uma coisa é certa, atingir igual qualidade ou melhor é difícil de atingir. Bomba.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
