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Parricide - "Sometimes It's Better To Be Blind And Deaf" Review


Os Parricide são o que se pode chamar de uma verdadeira instituição death/grindcore na Polónia, com uma carreira que remonta já aos inícios da década de noventa e este "Sometimes It's Better To Be Blind And Deaf" (grande título), é já o oitavo álbum da banda.A primeira coisa a salientar é mesmo a qualidade clássica que nos surgem de temas como "Old", "We'll Surely Meet" e "Just Poland", uma sequência que demora apenas seis minutos a findar. Um som que nos relembra os primórdios do death metal britânico e nomes como Bolt Thrower e Benediction.

Basicamente o que temos aqui é porrada sonora ao longo de pouco mais que vinte e cinco minutos, distribuídas em treze faixas - o que não representa nada de novo, já que estes são os moldes habituais do grindcore. No entanto é exactamente por se encaixar nestes moldes que este oitavo álbum é tão bom. Faz e tem tudo aquilo que se espera dele e mesmo assim consegue destacar-se pela intensidade e sobretudo pela entrega energética.

Em termos líricos, há uma forte conscencialização social - pessoalmente faz-me mais sentido que o grindcore tenha este tipo de mensagem do que propriamente a sua vertente gore - e enquanto em termos sonoros, é um mimo de violência e selavajaria que os nossos ouvidos não têm o prazer de ouvir todos os dias, não pelo menos desta forma. Capaz de passar despercebido ao lado de muita gente, está aqui uma pérola do grindcore europeu que merece ser destacado.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira