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The Black Dahlia Murder - "Abysmal" Review


Se há alguma banda da nova vaga de death metal norte-americano (que depois se convencionou a chamar de metalcore) que tenha sido aclamada desde o início da sua carreira, essa banda foi The Black Dahlia Murder. Ao sétimo álbum, a banda continua a mostrar o porquê disso ter acontecido: simplesmente não conseguem fazer álbuns maus. Para quem os conhece, espera apenas death metal moderno, com alguns solos a rasgar tal como a voz e os ritmos de guitarra, uma bateria sempre a disparar com o baixo a acompanhar. E é exactamente isso que os The Black Dahlia Murder entregam.

A melodia também não foi esquecida. A sequência de temas “Vlad, Son Of The Dragon”, o tema título e “Re Faced” são bons exemplos disso. A melodia anda de mãos dadas com a brutalidade e as duas convivem em perfeita harmonia. Mas a melodia não é exuberante, não é in your face, pelo menos não como a brutalidade que o trabalho demonstra. Ou seja, “Abysmal” não é um trabalho que fará com que fãs de outros estilos mais melódicos se interessem por ele devido aos seus riffs, leads e harmonias mais apelativos que possam surgir. E de certa forma, isso é uma declaração de intenções. Quando uma banda bem sucedida chega ao sétimo álbum e intensifica ainda mais o peso na sua fórmula não há por aqui equívocos acerca daquilo que a banda quer para o futuro.

Poderão tentar pegar pelo facto de que temas como “Threa Level Number Three” ou “Stygiophobic” não acrescentam, aparentemente, nada ao que a banda já fez. Atenção à palavra aparentemente, porque na verdade, o que temos aqui são uns The Black Dahlia Murder na sua melhor forma de sempre. Este álbum, que não chega aos quarenta minutos é dotado de dez músicas que resultam todas de forma perfeita, sem excepção, em cima do palco. Das melodias algo estranhas da “The Fog” e “Receipt” até às mais directas “Asylum” e “The Advent”, este é um álbum recomendado para quem gosta de death metal e não se consegue fartar dele. Vai acontecer o mesmo com este álbum


Nota: 9/10


Review por Fernando Ferreira