Canadá. Death metal melódico. E pronto. Deveria ter já preparado para estas palavras chave um textozinho chavão que serveria para colocar, mudando apenas o nome da banda em questão. Por muito que custe, o facilitismo é algo que não se pode aplicar quando estamos a rever o trabalho árduo dos outros, principalmente em algo tão sério como a música, pelo que será necessário mergulhar sempre no som para se retirar e formar daí a opinião necessária. No caso dos Odium, que até não são um nome propriamente desconhecido, a tarefa até pode estar um pouco mais facilitada. Ao terceiro álbum, a banda regressa após dois singles no ano passado - sendo eles "Failure II" e "Centipedes", ambos os temas presentes aqui.
Por aquilo que já conheciamos, esperávamos death metal bruto e com algum espaço para melodia nos solos de guitarra e alguns leads ("Centipedes" incide mais na potência enquanto "Failure II" incide mais na melodia), pelo que após passada a algo longa introdução "Odyssey", é mesmo isso que temos, embora o espaço para a melodia aqui seja ainda mais acentuado, pelo menos na melodia inicial. A banda surge com um nítido sentido de progressão em relação ao álbum anterior. O que é bruto está mais bruto, o que é melódico é mais melódico mas o que é importante mesmo é que as músicas são mais efectivas.
Não se pode dizer que seja uma proposta à antiga, de death metal melódico clássico, mas também o modernismo que se sente aqui não é aquele usado para embarcar em qualquer tipo de moda, mesmo que ritmicamente assim pareça por vezes.. É antes uma proposta sólida de death metal que não subverte em nada aquilo que é o estilo na sua essência. Por vezes surgem aqui algumas vozes limpas, mas as mesmas não retiram em nada o poder das mússicas e do álbum por consequencia. Pelo contrário, dá-lhe mais dinâmica. Após as mudanças de formação que passaram, "Terraform" é a prova de que a banda canadiana está de volta e mais forte que nunca.
Canadá. Death metal melódico. É preciso dizer mais alguma coisa?
Nota: 8.3/10
Review por Fernando Ferreira
Por aquilo que já conheciamos, esperávamos death metal bruto e com algum espaço para melodia nos solos de guitarra e alguns leads ("Centipedes" incide mais na potência enquanto "Failure II" incide mais na melodia), pelo que após passada a algo longa introdução "Odyssey", é mesmo isso que temos, embora o espaço para a melodia aqui seja ainda mais acentuado, pelo menos na melodia inicial. A banda surge com um nítido sentido de progressão em relação ao álbum anterior. O que é bruto está mais bruto, o que é melódico é mais melódico mas o que é importante mesmo é que as músicas são mais efectivas.
Não se pode dizer que seja uma proposta à antiga, de death metal melódico clássico, mas também o modernismo que se sente aqui não é aquele usado para embarcar em qualquer tipo de moda, mesmo que ritmicamente assim pareça por vezes.. É antes uma proposta sólida de death metal que não subverte em nada aquilo que é o estilo na sua essência. Por vezes surgem aqui algumas vozes limpas, mas as mesmas não retiram em nada o poder das mússicas e do álbum por consequencia. Pelo contrário, dá-lhe mais dinâmica. Após as mudanças de formação que passaram, "Terraform" é a prova de que a banda canadiana está de volta e mais forte que nunca.
Canadá. Death metal melódico. É preciso dizer mais alguma coisa?
Nota: 8.3/10
Review por Fernando Ferreira
