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Tiebreaker - "We Come From The Mountains" Review


Quem ouvisse o groove roqueiro sulista da "Early Morning Love Affair" não faria a ideia de que a banda é proveniente da Noruega. Poderíamos jurar mesmo que era orienda de alguma cidade do sudeste dos E.U.A., não fosse o stoaque do vocalista Thomas Espeland Karlsen escapar´de vez em quando.. Na realidade, não interessa nada de onde é que a banda vem. O que interessa é que o groove aqui contido é mais que muito e o feeling para a coisa também. O som moderno não deixa enganar de quando é que este material foi registado mas existe aqui um pezinho nas décadas de setenta e oitenta, sem qualquer sombra de dúvida.

O facto de parecer ter saído dos E.U.A. também faz com que o seu público alvo seja aqueles que gostam de coisas como Lynyrd Skynyrd, The Allman Brothers e outras coisas do género. Apesar da moda retro ainda andar por aí em força, este poderá sair um pouco ao lado já que a tendência é para ir buscar as influências ao rock e hard rock que se fazia mais para os lados da Europa. De qualquer forma, se agrada a fãs de bandas como Zodiac e Kadavar, não será muito longe do que ouvimos aqui. Malhas como "The Getaway" e "Where Can Love Go Wrong" rockam como tudo e nem se pode dizer que tenham os níveis energéticos elevados. É mesmo o groove e charme sulista (vindo da Noruega, não deixa de ser irónico) que espalham.

Estamos fartos de dizer que é preciso olhar para a frente, deixar de olhar para trás, para que consigamos evoluir mas quando surgem obras assim, torna-se um pouco complicado. Não é no entanto perfeita. Faltam mais músicas fortes, faltam temas que nos obriguem a dispersar a atenção com outras coisas As raízes blues, misturadas com o típico rock norte-americano podem até perfazer as medidas de todos os que cresceram a ver filmes norte-americanos, principalmente os road movies, mas é necessário algo mais que isso. Mesmo em temas como "Homebound" - ambas as partes - e "Walk Away", uns dos melhores do álbum, fica-se com a ideia que falta algo. Lançado no ano passado na Noruega e com a distribuição mundial apenas este ano, este é um álbum que consegue causar um bom impacto, embora fosse necessário com que ele fosse mais duradouro.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira