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Good Tiger - "A Headful Of Moonlight" Review


Os Good Tiger são um daqueles grupos que surgem num momento e passado pouco tempo já têm álbum de estreia pronto a rebentar. Formados em 2015 pelos guitarristas Derya "Dez" Nagle e Joaquin "Jo" Ardiles dos The Safety Fire, a banda reuniu ainda o vocalista Elliot Coleman dos Tesseract, o baixista Morgan Sinclair dos Architects UK e o baterista dos Alex Rüdinger dos The Faceless, Conquering Dystopia entre outros e lançou uma campanha de crowdfunding que conseguiu reunir quase quarenta e seis mil dólares para a gravação de um novo álbum. De excitação em excitação, ei-los na Metal Blade prontos para conquistar o mundo.

Apesar de alguns dos nomes envolvidos, não é a típica proposta de metal nem agradará à primeira audição ao típico fã de metal. Complexa - principalmente ao nível da bateria, fantástica e cheia de detalhes e dinâmicas, sendo que as guitarras não se ficam muito atrás - mas ao mesmo tempo (altamente) melódica, é uma mistura que não surpreenderá se levar por esse mundo fora de progressiva. Entrando no mundo perigoso das comparações, seria como ter uma banda de rock alternativo a soar mais complexa e ao mesmo tempo pesada - resistimos à tentação de citar nomes que só poderiam levar à discórdia.

"Where Are The Birds", "I Paint What I See" e "Aspirations" são bons exemplos de como a banda consegue juntar peso, complexidade e uma melodia própria de propostas mais pop - principalmente pela abordagem da voz por parte de Elliot Coleman que é desconcertante, recorrendo apenas algumas, poucas, vezes a tonalidades mais agrestes. Talvez, tal como referido no início, não seja a sonoridade mais cativante para quem gosta da boa e velha metalada, mas para quem tem gostos mais abrangentes e aprecie desafios, poderá acabar a ouvir mais vezes do que à partida seria de supor desta estreia.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira