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Os "sons pesados" do IV Portalegre Core @ CAEP 15 e 16 de Setembro 2017


Pelo quarto ano consecutivo, o Portalegre Core, festival que traz aos portalegrenses as sonoridades "pesadas" - Punk, Hardcore e Metal - voltou a realizar-se com bastante adesão do público na Quina das Beatas, no CAEP. 

Durante dois dias, um mais dedicado ao punk e hardcore, outro mais ao metal, tiveram sobretudo apostas nacionais, com bandas de vários locais do país e ainda uma de Espanha. O estilos das bandas variavam, mesmo dentro dos três já referidos, numa festa regada a cerveja (indispensável, diria).

No primeiro dia, sexta-feira, o destaque vai para os cabeças-de-cartaz Trinta & Um, que deram um concerto cheio de energia e musicalmente irrepreensível. O público portalegrense demorava sempre um pouco a ir para a frente, mas acabava sempre por aderir, puxado pela energia das bandas.

No segundo e último dia, mais para os "metaleiros", destaque para o concerto de Tales For The Unspoken, que foi bastante bem conseguido e que, tal como o seu vocalista mencionou, "conseguiu tirar os fumadores da varanda". Os portuenses Revolution Within fecharam esta noite repleta de "moshes" com uma actuação digna dos cabeças-de-cartaz do festival e encerraram com um "wall of death". Melhor maneira de acabar uma edição de um festival de "sons pesados", não há.

Em suma, todas as bandas deram um contributo importante para o festival, começando pelas que abriram os dias - sempre com a espinhosa tarefa de puxar os primeiros festivaleiros para o groove certo - passando pelos cabeças-de-cartaz e terminando nos DJs, a quem coube encerrar as hostilidades. O público, esse, para quem frequenta a Quina das Beatas, sabe que adere e colabora com os artistas, por isso, para todos, esta menção.

Como isto também funciona para os dois lado, também o público presente no CAEP teve a oportunidade de adquirir o merchandise das bandas que marcaram presença, sempre uma ajuda importante, face à conjuntura em que vivemos.

"Jurema" sai como maior vencedora do I Festival de Curtas


Outras das apostas para este ano da Associação Cultural Portalegre Core, foi a realização, em paralelo com o festival de música, um Festival de Curtas-Metragens.

Eram quatro as curtas metragens a concurso, todas realizadas por jovens com ligações à cidade de Portalegre. “Becoming” de Márcio Leiria venceu na categoria de Animação e “Jurema” de Bruno Rodrigues na categoria de ficção. “Jurema” ganhou ainda o prémio de melhor curta metragem nesta primeira edição. As outras curtas em concurso foram "Agorofobia" de Joana Isabel e 7:00 de Eduardo Farinha e Patrícia Meira.


Balanço da IV edição do Festival

Hugo Correia, Presidente da Associação Cultural Portalegre Core, em entrevista, afirmou que faz um balanço "muito positivo dos dois dias de Festival" sobretudo, em relação ao ano passado, porque foi a única vez em que se repetiu o local do festival. "Tivemos mais adesão este ano, o público tem-nos dado um feedback muito bom, um pouco similar aos anos anteriores", disse.

Quando ao dinheiro que o festival custa, este explicou "que Associação não tem lucro, chega mesmo a investir" e ideia é mesmo essa: todos os anos ter uma "almofada" financeira, em conjunto com parceiros estratégicos e patrocinadores, para que se possa realizar mais um ano. "Trabalhamos ano a ano, com vontade crescer e manter o nível de qualidade artística que tem vindo a habituar o nosso fiel público", conclui.

"É importante também realçar o feedback que temos das bandas, em geral. Nós, enquanto organizadores, na maioria, também somos músicos e gostamos de dar às bandas que recebemos aquilo que gostamos de ter quando vamos actuar a outros locais. Todas [as bandas] têm saído daqui satisfeitas, pelo que nos dizem, e algumas até dizem que nunca tinham sido tão bem recebidos como em Portalegre, o que é bom para nós e nos dá ainda mais vontade de continuar a fazer este evento", fez questão de acrescentar.

Para o próximo ano (e sem dar garantias de nada), Hugo Correia afirma que querem continuar a realizar o festival e que a aposta "irá continuar no punk, hardcore e metal, num movimento mais underground" que sempre os caracterizou.


Por: Carlos Ribeiro - 19 Setembro 17