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Sojourner - "Premonitions" Review


Black metal a que se junta uma sonoridade épica. É esta a receita de sucesso dos Sojourner e que deu frutos no anterior álbum, “The Shadowed Road”, de 2018, que despertou a curiosidade de muita gente sobre esta jovem banda. Com este “Premonitions”, lançado no passado dia oito de maio, o primeiro pela Napalm Records, esta banda que conta com membros de países tão distantes quanto a Suécia e a Nova Zelândia, repete a fórmula e espera conseguir dar continuidade ao que alcançou com o anterior trabalho.

Todos nós ficámos a saber recentemente, graças à entrevista concedida à Metal Imperium, que “Premonitions” é, segundo os próprios Sojourner, o seu álbum mais pessoal. Composto por cerca de oito temas de uma beleza inegável, aquela atmosfera que se sente em todas as composições continua lá e para isso muito contribui a voz límpida de Chloe Bray, assim como o som da sua flauta, juntamente com o piano e sintetizador de Mike Lamb. Para contrastar com tudo isto, temos uma boa dose de guitarras distorcidas, devidamente acompanhadas pela voz gutural de Emilio Crespo. Esta dualidade vocal é mesmo o denominador comum de todas as músicas deste álbum e resulta.

Temas como “Talas” exploram bem a qualidade vocal de Chloe e mostram-nos a enorme amplitude melódica dos Sojourner e a forma como eles a conseguem misturar com a base rítmica das suas composições. Já em “Fatal Frame”, temos um tema em que apenas podemos escutar a voz de Mike Lamb e que se revela o mais rápido deste trabalho, mas é sobretudo nos temas em podemos ouvir a combinação das duas vozes que encontramos as melhores faixas deste álbum. Convido-vos a ouvir “The Deluge” e “The Apocalyptic Theater” para o confirmarem.

Com “Premonitions”, esta banda que conta apenas com cinco anos de existência, chega assim ao tão exigente terceiro álbum da sua carreira. Talvez não se sinta um verdadeiro progresso neste trabalho, sobretudo quando o comparamos com o anterior, mas podemos sem dúvida falar de como ele contribui para a sua afirmação dentro deste género musical, pois tem qualidade suficiente para isso.

Nota: 8.2/10

Review por António Rodrigues