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Entrevista aos Máni


Sem querer repetir muito daquilo que já foi dito acerca dos Máni, na review, recentemente publicada, ao seu álbum Sabbats, temos de referir que este projeto é algo “fora da caixa”, algo que requer alguma coragem, até. Fomos conversar com o baterista, Paulo Bucho, para ficarmos a conhecer um pouco mais este duo.

M.I. – Falem um pouco sobre vós, como nasceu este projeto?

Veio de quando estávamos ambos em Magnólia e já um bocado cansados dos problemas pessoais com o guitarrista. Pensámos em fazer algo mais “folk”, mais à base de percussão e voz e sem guitarra. Na altura até compusemos o Silêncio para Magnólia, mas depois pensámos melhor e apostámos num projeto mais “folk”.


M.I. – O processo de composição deve ser difícil, visto a quantidade limitada de instrumentos usados?

Nem por isso, temos até bastantes ideias, é apenas outra forma de compor. Mais simplista, mas há muito que se pode fazer, até apenas com voz e percussão. A nossa tendência no futuro é ainda para ter “menos” instrumentos ou camadas de preenchimento.


M.I. – Esta é a sequência lógica aos Magnólia, ou há espaço para as duas bandas coexistirem?

Sim, há espaço para ambas, mas para já Magnólia apenas está disponível para concertos. Não é bem uma sequência, é outra vertente. Magnólia se continuar irá evoluir em outra direção.


M.I. – A vossa música destina-se aos apreciadores de rock/ heavy e pisca o olho aos apreciadores de música em geral, ou é ao inverso.


Destina-se essencialmente a quem aprecia “boa” música. Todos nós sabemos que tudo o que é bem tocado, independente do género, pode ser devidamente apreciado.


M.I. – Conseguem compreender o fenómeno que leva um fã de, por exemplo, Arch Enemy, ou Sepultura, gostar também dos Dead Can Dance?

Como já referi em cima, toda a gente aprecia vários géneros de música, ainda que não o admita.


M.I. – Esperam que o mesmo possa suceder com Sabbats, o vosso primeiro álbum?

Assim esperamos, mas até agora, não temos tido tanto feedback, talvez porque este álbum não é tão imediato, Magnólia é mais easy-listening.


M.I. – Como estão a ser as críticas e opiniões que vão recolhendo?

São boas, mostram alguma surpresa pela “coragem” do projeto, especialmente por eu e ela, sermos do meio metaleiro, nunca é esperado que se façam alguns temas, apenas com cajon e voz, lol!


M.I. - Espetáculos ao vivo? Existem datas para quem vos queira ver?

Vamos ter uma data no Valhalha Rock Bar, é a único que podemos confirmar até agora.


M.I. – Como surge Charles Sangnoir associado a este trabalho?

Ele produziu o vídeo do Silencio e ofereceu-se para uma parceria de álbum. Gostou da ideia simplista e deu-nos a coragem de acreditar que havia ali um filão a explorar.


M.I. – Querem deixar alguma mensagem aos nossos leitores?


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Entrevista realizada por António Rodrigues