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MÁNI – "Sabbats" Review


Filipa pinto e Paulo Bucho mais uma vez a surpreenderem. Se com a banda Magnólia já o tinham feito, com ótimos resultados, agora esta dupla de Sintra deu mais um passo em frente, sendo ainda mais arrojada e ambiciosa com este novo projeto intitulado MÁNI.
Sabbats foi então o nome escolhido para dar nome a este álbum que marca a estreia dos MÁNI. A capacidade de composição e a imaginação dos artistas foi verdadeiramente colocada à prova, pois os instrumentos utilizados são escassos e a isso obrigou. MÁNI, são apenas Paulo Bucho na bateria e percussão e Filipa Pinto na voz (e que bela voz). Claro que tiveram uma ajuda de peso. Falo de Charles Sangnoir, que para além de se encarregar da produção do álbum, participa em alguns dos temas, através de instrumentos de cordas, sintetizadores, ou emprestando mesmo a sua voz.
O resultado final é bom, mesmo muito bom, embora diferente do que estão habituados a ver publicado na Metal Imperium. A sonoridade de MÁNI pode ser categorizada como neo-folk, género que colhe muitos simpatizantes entre a comunidade rock/heavy. Se os Dead Can Dance o conseguiram a nível mundial, também os MÁNI o poderão fazer, pelo menos entre fronteiras. As suas músicas, todas elas cantadas em português, têm a capacidade de criar relaxantes paisagens musicais.
Sabbats, nome escolhido para título deste álbum, significa apelo à comunhão, criação, assim como os 10 temas que o compõem. “Gira e Volta” foi o primeiro single extraído deste trabalho e o seu vídeo pode ser visualizado no Youtube, redes sociais ou na página da banda. 
Vale a pena escutar e conhecer a música dos MÁNI. Sabbats, talvez não seja um disco para ouvir todos os dias, mas é certamente um disco para ouvir em momentos especiais. Poesia em movimento.

Nota: 8,7/10

Review por António Rodrigues