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Entrevista aos Dimmu Borgir


Em 1993, ninguém diria que os Dimmu Borgir ainda estariam ativos em 2024. Mas a mestria musical, a que nos habituaram, traçou-lhes um destino recheado de sucessos. Em jeito de comemoração dos seus 30 anos de existência, os noruegueses lançaram o álbum de covers “Inspiratio Profanus”, no passado dia 8 de dezembro. E foi este o mote para a conversa com um dos principais membros da banda, o guitarrista Silenoz, que garantiu que a banda tem estado a trabalhar arduamente no próximo álbum de originais. Enquanto aguardamos, aproveitem para se inteirarem de todas as novidades nesta entrevista...

M.I. - Gostaria de começar por parabenizar os Dimmu Borgir pelos seus 30 anos de existência. Estás orgulhoso desta conquista?

Obrigado! Sim, claro! Simplesmente não parece que são 30 anos. Não sei como é que 30 anos devem parecer, mas é ótimo, é um marco, embora obviamente não façamos isto por causa de qualquer outra coisa além da arte, mas é sempre bom ser reconhecido.


M.I. – Sim, três décadas numa banda não é para qualquer um, principalmente uma banda de black metal, porque vocês começaram como uma banda de heavy black metal e era muito intenso naquela época!

As coisas poderiam ter tomado um rumo diferente, sabes? Mas, felizmente, fomos inteligentes o suficiente em tenra idade para nos concentrarmos no aspeto musical, por isso aqui estamos!


M.I. – Este novo álbum de covers “Inspiratio Profanus” é uma espécie de álbum de celebração desta data especial?

Acho que podemos dizer isso! Gostaríamos de lançar o novo álbum como uma celebração dos trinta anos, mas ainda há muito trabalho a fazer antes de chegarmos lá. E, já desde 2015/2016, que tínhamos esta ideia de fazer um álbum de covers. Mas, naquela época, estávamos ocupados com a composição do álbum “Eonian” e sentimos que deveríamos deixar o álbum de covers em banho-maria e olhar para ele no futuro. É onde estamos agora e não é nada novo! Muitas pessoas já ouviram estas músicas e a maioria dos nossos fãs, provavelmente, já as tem em vários lançamentos diferentes. Achamos que era uma coisa fixe de se fazer e não ocupou muito do nosso tempo e é apenas uma coisinha antes do próximo disco ser lançado!


M.I. - Eu ia falar sobre isso mais tarde, mas deixa-me perguntar... há um intervalo de 8 anos entre “Abrahadabra” e Eonian”. Já se passaram 5 anos desde que “Eonian” foi lançado e, se estivermos a olhar para oito anos, ainda temos mais três pela frente... com este álbum de covers, voltamos ao zero ou quê?

Não, não e também podemos eliminar esses três anos por causa dos bloqueios e todas as outras merdas, e, se fizermos isso, estamos a cumprir com o planeado! Mas, hoje em dia, demorámos um pouco mais de tempo do que o normal a escrever álbuns e é assim que fazemos as coisas. Obviamente, quanto mais tempo se está na banda, mais se olha para as coisas de diferentes ângulos e perspetivas, e talvez tenhamos ficado um pouco analíticos e críticos em relação à nossa própria música, quem sabe?! Mas algumas músicas que escrevemos não demoram muito, outras podem levar meses para serem concluídas, tudo depende da situação e do que a música precisa e do que achamos que é certo e se ela tem um bom ritmo. Obviamente nada pode ser forçado porque, se for forçado, então está condenado ao fracasso. Obviamente, agora somos mais velhos do que éramos. Naquela época não tínhamos família, não tínhamos outras coisas que ocupassem muito tempo, e há outras coisas a levar em consideração, mas, ao mesmo tempo, sentimos que estamos num fluxo muito bom agora com as novas músicas e já temos bastante material gravado, mesmo com os vocais, portanto posso dizer que estamos no bom caminho agora.


M.I. – Ok, que bom ouvir isso! Bem, voltando ao álbum de covers que foi lançado no dia 8 de dezembro... leste ou ouviste as reações dos fãs e dos média? Prestas atenção ao que é dito?!

Bem, sim, recebo algumas coisas aqui e ali. Já não estou nas redes sociais há vários anos, por isso não estou muito a par das reações, mas parece-me que as pessoas o receberam bem! Claro, não esperamos receber a mesma atenção que recebemos para um novo álbum, é claro, mas acho que até agora os críticos têm sido muito positivos e acho que a maioria das pessoas vê que é apenas algo extra que não é um novo álbum propriamente dito e também não deve ser visto como tal. Sim, é fixe fazer isto agora e talvez possamos deixar as covers por um tempo! Isso não quer dizer que nunca mais as faremos mas, por enquanto, acho que as vamos deixar de lado.


M.I. - Então, estas são covers que vocês fizeram ao longo dos anos... quão complicado foi reduzir as vossas influências musicais a oito faixas? Quantos temas ficaram de fora?

Quero dizer, obviamente, temos mais covers! Posso dizer que, antes do primeiro álbum, nós tocamos coisas diferentes que gravámos. Lembro-me que tocámos músicas de Tormentor, algumas dos Darkthrone e Mayhem e algumas outras coisas de que não me consigo lembrar agora. Mas não temos músicas completas, portanto não faria sentido apenas colocar pedaços ali apenas para preencher ou para fazer parecer que temos mais do que realmente temos. É o que é, mas veremos se no futuro faremos mais covers, quem sabe? 


M.I. - Essas covers foram escolhidas por toda a banda, todos os membros?

Sim, nós concordamos sobre as bandas e demos sugestões sobre as músicas e outras coisas e poderíamos facilmente ter feito outras músicas do mesmo tipo de banda, mas essas são as que nós desenvolvemos e acho que fizemos justiça à maioria delas. Sinto que fizemos as nossas próprias versões mas, obviamente, tentamos ficar próximos do original, porque não nos queremos afastar muito disso. Mas quisemos dar-lhes a nossa perspetiva e sinto que fomos bem-sucedidos, na verdade.


M.I. – Sim, foram! Eu ouvi o álbum e adorei todas as faixas, mas “Burn in Hell” tem um lugar especial no meu coração! “Perfect Strangers” é absolutamente incrível também. No outro dia estava a ouvi-la e pensei “Por que é que mudou para Guns N’ Roses?” porque os vocais me lembram o Axl Rose, não sei por quê! Quem faz os vocais limpos de “Perfect Strangers”?

Sim, percebo! É o Snowy Shaw. Ele esteve connosco enquanto gravávamos o álbum “Abrahadabra”, e ele faz os vocais limpos nesta faixa.


M.I. - Espero que ele considere isto um elogio, porque o Axl Rose tem um timbre vocal muito especial.

Concordo totalmente. Eu acho que ele é um daqueles cantores que se ouve e instantaneamente se sabe que é ele, isso é uma ótima característica e acho que isso vale para a maioria das bandas de Rock e Hard Rock Metal dos anos 70 e 80, eles tinham vozes muito distintas. Naquela época era muito típico ter progressões simples de acordes de guitarra e a voz do vocalista que fazia a melodia por cima... isso era muito comum nas bandas dos anos 70 e 80 e, obviamente, crescemos com esse tipo de música e ainda ouvimos esse tipo de música, provavelmente, mais do que outros tipos de música. Esses ainda são géneros musicais que nos influenciam a fazer  a nossa própria abordagem à arte musical, mas extraímos influências de tantos tipos diferentes de coisas, e é difícil dizer que nos inspiramos mais num do que no outro... é tudo boa música ! Basicamente é assim que eu vejo as coisas!


M.I. – Sim, há alguma faixa que foi tua escolha pessoal?

Acho que talvez a música “Metal Heart” seja a que mais se aproxima de mim em muitos aspetos, também “Burn in hell”, diria. A primeira K7 que comprei com o meu próprio dinheiro foi “Stay Hungry” dos Twisted Sister, portanto, obviamente tem um peso especial e poder fazer “Burn in hell” do jeito que fizemos e, ao mesmo tempo, receber elogios do Jay Jay French e do Dee Snider, basicamente, é como fechar o círculo. Pessoalmente, esse é obviamente outro favorito por causa das circunstâncias e de todas essas coisas.


M.I. - Como te sentiste quando os Twisted Sister elogiaram a vossa cover do original? 

É difícil de descrever, porque é uma banda que apreciamos e esse álbum em particular provavelmente, para mim, foi uma grande inspiração e uma das razões pelas quais estou aqui a conversar contigo. Como disse, receber aprovação numa música que interpretamos do nosso jeito e eles adoraram, realmente não se pode pedir mais do que isso!


M.I. - Mas obtiveram alguma reação das outras bandas?

Sim, acho que o Wolf dos Accept gostou muito da nossa versão e também ouvi recentemente que o pessoal dos Deep Purple, não sei quem ou quantos membros da banda ouviram, também deu a sua aprovação, enada é melhor do que isso, sabes?!


M.I. - É ainda melhor que todos os fãs e críticos porque foram eles que criaram a música que te inspirou, e deve ter sido demais, não?!

Sim! Alguns fãs de Dimmu podem não entender o álbum, e é normal, porque temos uma base de fãs bastante jovem e ganhamos novos fãs todos os dias, portanto não esperamos que eles entendam o porquê de termos escolhido estas músicas, mas acho que a geração mais velha nos entende porque somos da mesma geração e todos ouvimos estes temas quando éramos mais novos. A música, como tudo o mais, precisa de tempo para “entrar”! E, quando se produz um novo álbum, é a mesma coisa! Não ouves um álbum novo e, de repente, adoras todas as músicas... leva tempo para “entrar” basicamente.


M.I. – Sim, algumas faixas tendem a tornar-se clássicas e outras simplesmente ficam esquecidas.

Sim, é assim mesmo. Além disso, algumas das faixas que nós da banda achamos que serão excelentes para tocar ao vivo, não são aceites da mesma forma que outras músicas que são tocadas ao vivo, por isso tudo depende. Temos tantas maneiras diferentes de ouvir música e isso é o bom da arte em geral, todos nós temos a nossa opinião muito pessoal sobre isso.


M.I. – Então, diz-me, se dependesse apenas de ti, há alguma faixa que deixarias de fora ou que gostarias de adicionar ao álbum de covers?

Do álbum de cover, não, na verdade não! Como essas são as sete faixas que fizemos corretamente no estúdio, sentimo-nos bem em incluir a versão extra de Celtic Frost, e pensamos em mantê-las todas e isso faz sentido. Quero dizer, no nosso “cofre”, provavelmente temos algumas músicas incompletas aqui e ali, covers, mas não faria sentido colocá-las no álbum, e estas são as que achamos correto incluir.


M.I. - O primeiro single lançado foi a cover de “Black Metal” dos Venom. Sentiste alguma pressão ou tensão quando estava prestes a ser lançado, considerando o status da banda que criou o original?

Sim, um pouco, mas tivemos a sorte de o Mantas, há algum tempo, ter elogiado a nossa versão, e sentimo-nos bem, portanto, não sentimos muita pressão por causa disso. Não sei o que o Cronos e o Abaddon pensam, mas espero que eles também gostem. É sempre um pouco estranho, quer seja um álbum de covers ou um álbum novo, quando se lança algo que chama a atenção, há sempre algum nervosismo envolvido. Obviamente, queremos que as pessoas gostem, mas, ao mesmo tempo, estamos tão velhos que, se as pessoas não gostam e têm algo negativo a dizer, então tudo bem, acho que as pessoas devem poder dizer o que pensam, é justo, mas temos a opção de não participar nesse tipo de coisa. Acho justo que as pessoas digam o que querem em todos os momentos, seja isso positivo ou negativo.


M.I. - Como te sentes antes de lançar um álbum com material que criaste e um álbum de covers? O sentimento é o mesmo? Neste caso, vocês já tinham lançado a maioria das faixas, e provavelmente não estavas muito stressado, mas acho que isso pode colocar ainda mais pressão nos vossos ombros para lançar covers das bandas que gostas, certo?

Quero dizer, quando se lança um álbum com material próprio é uma coisa diferente, porque se gastou tempo a criar as músicas, enquanto num álbum de covers as músicas já estão criadas, só tens que interpretá-las da maneira que desejas. Mas quando se trata do teu próprio material, não há factos que possam servir de base, só podes confiar em ti mesmo e acreditar que o que fizeste é o melhor que podias fazer naquele momento. E são duas coisas totalmente diferentes! Obviamente, com um novo álbum de material próprio há um pouco mais de expectativa e, obviamente, esperamos que os fãs adorem o que fizeste, mas nem sempre acontece! Mas temos tanta sorte que, ao longo de 30 anos, ganhamos uma base de fãs tão grande e ainda há novos fãs a chegar até nós e a nossa música tem algo para todos.


M.I. - O que há de tão especial na cover de “Metal Heart” já que está incluída em vários lançamentos?

Sim, por um lado, é provavelmente o meu álbum favorito dos Accept, mas também tem aquele tipo de sentimento clássico na música pelo qual, ironicamente, ficamos conhecidos um pouco mais tarde na nossa carreira, quando a gravamos em 97. Sim, foi porque foi lançado em 98 no “Godless Savage Garden”. Quando gravamos, ainda utilizávamos apenas teclados para dar aquela sensação épica na banda e foi mais tarde que adicionamos o elemento clássico por completo. Acho que foi como um precursor daquela época em que sabíamos, inconscientemente, que seguiríamos um estilo com influência mais clássica. Não sei, é difícil de descrever, mas sempre fui um fã da forma como o Wolf Hofman incluiu os elementos clássicos nas músicas dos Accept. Isso tem sido uma influência por si só.


M.I. - De todas as bandas que vocês tocaram, qual delas teve maior influência em ti enquanto crescias e como músico?

Devo dizer Twisted Sister e também Bathory. Twisted Sister foi a minha introdução ao Hard Rock e ao Heavy Metal. Eu ouvia-os, e ouvia Kiss, Judas Priest e Iron Maiden e outras coisas. Quando eu era jovem, no início dos anos 80, não tínhamos MTV em casa, mas eu via isso mais tarde em casas de amigos e tal e foi aí que realmente se abriu muito. Quando se trata da parte mais brutal e extrema do heavy metal para mim, eu diria que esses dois provavelmente tiveram o maior impacto como bandas em geral.


M.I. - Sim, mas descobriste-os em programas de rádio ou a tua família gostava de ouvir esses géneros musicais?

Não, eu lembro-me que invadi a coleção de vinil do meu tio no início dos anos 80 e ele era um grande fã das coisas dos anos 70, obviamente Sabbath, Uriah Heep e Zeppelin, por isso tive uma introdução antecipada. Eu tinha amigos, amigos de irmãos, irmãos de amigos que tinham muita música e havia certos programas de rádio aqui que gravávamos com um aparelho de som, e por isso tinha estática. Eu ainda tenho essas K7s e ouve-se a estática nas K7s e tudo. E sabes, é incrível, prque me dá uma sensação realmente nostálgica.


M.I. - Fazias troca de K7s (tape trading)?

Sim, mas foi um pouco mais tarde, no início dos anos 90, quando comecei a trocar K7s e isso foi um fenómeno, que realmente me abriu para outro mundo, basicamente. Enviávamos K7s para amigos de todo o mundo, e sabíamos que na semana seguinte, ou em duas ou três semanas, receberia de volta algo que nunca tinha ouvido antes e que seria incrível. Isso espetacular! É como se absorvesses tudo e, na maioria das vezes, eram coisas incríveis que ouvias e esse é um sentimento muito específico, no qual ainda penso com muita gratidão.


M.I. - Já tiveste o prazer de ver alguma das bandas (do álbum de covers) tocar ao vivo? 

Sim, praticamente todas, exceto Venom, obviamente. Não vi os GGFH ao vivo, mas, fora isso, vi a maioria dos outros artistas. Lembro-me vivamente de quando os Twisted Sister voltaram a fazer concertos ao vivo, acho que foi em 2001 ou algo assim, quando os vi e foi um grande ponto alto para mim. Ver os Deep Purple ao vivo é sempre ótimo. Celtic Frost vi ao vivo. Não poderemos ver Venom ao vivo, mas temos as lembranças e todo o resto.


M.I. - Então, falando de concertos ao vivo... estão a planear fazer um concerto ou algo assim para promover este álbum?

Não é para promover este álbum apenas, mas teremos uma comemoração de aniversário dos 30 anos no Beyond The Gates Festival em Bergen em agosto. Nós vamos tocar em alguns festivais e concertos únicos no próximo ano, e vamos continuar com esta setlist, talvez com algumas mudanças, mas ainda assim vamos tentar fazer um apanhado de três décadas de música dos Dimmu quando tocarmos ao vivo no próximo ano.


M.I. – Ok, o título traduz-se em “inspiração profana”. Por que escolheram usá-lo em latim? Para fazer com que pareça mais fixe?

Ah, basicamente! Primeiro de tudo, geralmente temos títulos de álbuns com três palavras ou títulos de álbuns com uma palavra, já que que este é um álbum de covers, deveríamos ter um título de duas palavras. Em segundo lugar, não usámos muito o latim no passado e achamos que esta é uma maneira fixe de descrever o álbum. Mesmo que seja latim, é muito fácil descobrir o que significa, não é difícil de pronunciar e basicamente mantivemos tudo simples e, como disseste, é bastante autoexplicativo com inspirações profanas. Eu acho que também é uma boa maneira de mostrar que temos inspirações do lado mais brutal da música, com Bathory e Celtic Frost e coisas assim. Também temos as influências melódicas de Accept e Deep Purple. Por outro lado, e se combinarmos estas duas atmosferas e sentimentos, obtemos muito daquilo pelo qual os Dimmu têm sido conhecidos ao longo dos anos: combinar basicamente a aspereza e a beleza!


M.I. – Os Dimmu Borgir têm uma discografia muito vasta e são uma grande influência em muitas bandas. Gostarias de vê-los fazer covers de temas vossos? Em caso afirmativo, há algum em particular que gostarias que eles fizessem?

Ah, essa é uma pergunta difícil! É difícil dizer! Como disseste, temos muitas músicas para escolher e eu nunca pensei muito nisto, para ser sincero, por isso não sei! Que músicas é que tu achas que funcionariam? Que banda escolherias?


MI. – Desculpa?! Eu diria “Puritania”! Nem me lembro dos títulos, estou nervosa agora!

Que banda gostarias que tocasse “Puritania”?


M.I. - Não faço ideia! É uma pergunta difícil. Eu não pensei nisto desta forma, e entendo-te agora que “passaste a batata quente” para mim!

Mudando um pouco... o Victor Brandt juntou-se à banda. Ele é um membro ativo? Tem ajudado muito?
Sim, ele é um participante muito ativo da banda, mas somos todos! É por isso que acho que esta formação, que temos agora, é a mais estável e harmoniosa até agora na história da banda. Ele também toca bateria connosco há imenso tempo e isso é uma conquista por si só. Esta é a formação que considero, definitivamente, a melhor quando se trata de performance no palco e também de como nos comportamos fora do palco. É um sentimento muito bom na banda agora quando trabalhamos nas novas músicas.


M.I. - Referiste que tocarão ao vivo no próximo ano. Vocês têm feito alguns concertos selecionados e, em 2022, tocaram aqui em Vagos num festival. Como foi a experiência de voltar a tocar em Portugal?

Foi ótimo! Estava na hora! Foi realmente fantástico poder finalmente voltar a tocar em Portugal. Já não íamos aí há algum tempo e, antes do concerto, tivemos um acidente com a equipa, pois alguém ficou muito doente, o que tornou as coisas um pouco desafiadoras. Os Exodus e os Testament estavam lá porque iriam tocar no dia seguinte, e como somos amigos deles, a equipa deles ajudou-nos e tudo deu certo. Tivemos uma ótima experiência a tocar para os nossos fãs portugueses. Já tinha passado muito tempo desde a última vez e espero que não demore tanto até a próxima!


M.I. – Sim!! Então só estarão de volta depois do novo álbum, certo?

Espero que sim, realmente espero que sim! Normalmente tocamos nos mesmos locais, por isso esperamos poder chegar a outros locais também e a alguns outros locais em Portugal!


M.I. - Não vou ocupar mais o teu tempo! Nós, os fãs, estamos ansiosamente à espera de novo material. Disseste que já estão adiantados, então esperamos que seja lançado daqui a um ou dois anos!

Eu também espero!


M.I. - Até lá desejo-vos tudo de bom e espero falar convosco em breve sobre o novo álbum. Queres deixar uma mensagem para os nossos leitores e vossos fãs?

Claro! Espero que os nossos fãs e leitores ainda tenham um pouco mais de paciência e faremos o possível para lançar o álbum o mais rápido possível. Mas, como disse antes também, vai ser bom, vai valer a pena esperar com certeza e vai ser um álbum com um ótimo som! Haverá muita música nele! Também estamos ansiosos pelo dia em que poderemos partilhá-lo com todos!

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Entrevista por Sónia Fonseca