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Entrevista aos Shadowmare


Oriundos do Algarve, os Shadowmare já não estão aqui para provar nada a ninguém! Com uma discografia que evolui a cada lançamento, a banda continua a solidificar o seu lugar na vanguarda do metal nacional. Prepara-te para uma viagem sonora intensa com riffs de energia frenética. A autenticidade sempre foi o seu mote criativo, o que podem comprovar com a produção do último álbum e videoclip, tudo isso moldado pela ferocidade única da banda.

M.I. - Antes de mergulharmos na música, poderiam apresentar-se para quem ainda não vos conhece e contar como é que a banda se formou?

Nós somos os Shadowmare, banda de Metal do Algarve, criada em 2015.
Foi formada por músicos de outras bandas antigas com o objetivo de dar continuidade ao underground do Metal.
A ideia partiu do fundador vocalista Bruno Miguel, foi vocalista dos Deathland e queria retornar a fazer música e dar concertos.
Com ele trouxe o guitarrista Nuno Cristóvão que também foi de Deathland.
Para o baixo convenceu o George Alva Rosa e para a outra guitarra o Jorge Assunção, com quem já tinha partilhado banda em Stronger Device.
Por último arranjaram um baterista novato no que estava a estrear no mundo da música e do metal, Flávio Torres.
Assim era a formação inicial, entretanto já sofreu alterações, na voz e frontman encontra-se o João Infante e como guitarrista o Francisco Caramelo atualmente.


M.I. - Como é que descreveriam o vosso som para alguém que nunca vos ouviu antes?

Nem sempre é fácil identificar ou rotular o nosso som, porque temos várias técnicas ao longo de uma mesma Música. Muita malta amiga de outras bandas nos abordam a perguntar como nos classificamos e nunca conseguimos dar uma resposta certa e definitiva, mas o rótulo que temos ouvido mais é o Technical Thrash Metal.


M.I. - Qual a principal temática representada no vosso videoclip?

Tanto o primeiro como o segundo vídeoclip abordamos muito a mente e o que se passa nela. Num primeiro vídeoclip retratavam alguns medos e pesadelos da nossa mente, neste mais recente vídeoclip, abordamos mais os problemas psicológicos, de uma forma mais metafórica os versos retratam a bipolaridade, obsessivo compulsivo, esquizofrenia e paranoia.


M.I. - Qual a vossa principal inspiração durante o processo criativo?

Hoje em dia não é fácil ser distinto e criativo, porque muito bom som já foi inventado.
Mas quando criamos tentamos manter sempre a nossa fórmula de boas melodias, riffs e muita técnica.
Ultimamente temos dado mais atenção à agressividade nas composições.
Cada elemento contribui com a sua técnica do seu próprio instrumento mas acima de tudo os seus gostos e influências musicais.


M.I. - Como consideram que a banda se mantém relevante numa cena musical em constante evolução?

Nem sempre é fácil com tanta coisa a acontecer e banda a surgir e outras a desaparecem. Olhamos para exemplos exteriores mas focamo-nos muito em procurar sempre ferramentas que ajudem a banda a ser relevante, seja a nível musical, de performance ao vivo até ao merch e acessórios.
Diríamos que o truque é estar sempre a produzir e a criar para não se estagnar.
Tentamo-nos sempre manter no ativo e mostrar trabalho.


M.I. -  O que é que os fãs podem esperar de uma atuação ao vivo?

Tem sido um progresso as atuações ao vivo e temos tido feedback super positivo a cada concerto que atuamos.
Temos dado cada vez mais importância à energia e atitude em palco.
Podem sempre esperar uma mixórdia de emoções, por um lado entregamos solos e melodias e por outro entregamos o groove e a agressividade.


M.I. -  Quais foram os maiores desafios que a banda enfrentou até agora?

Existem sempre alguns contratempos, mas diríamos que 2 desafios que enfrentamos foi a dificuldade de atuar fora da nossa região e o ter que se gravar novamente o segundo álbum na totalidade.
Primeiro desafio, porque é sempre difícil para bandas mais distantes dos grandes centros musicais, tocarem e mostrar o seu som. Somos do Algarve e existe sempre o entrave das despesas e do cachet que pagam.
Segundo desafio, foi um episódio que não desejamos a ninguém, onde gravamos o nosso segundo álbum, houve umas falhas de energia que danificaram o computador e outros aparelhos onde tínhamos tudo finalizado, faltava mesmo só a masterizaçao. Foi duro de aceitar que teríamos que regravar completamente tudo desde o início.
Mas a vida é mesmo assim, podíamos ter desistido e isso acabaria com a banda muito provavelmente mas decidimos avançar e continuar no ativo.


M.I. -  Existe alguma mudança significativa no som ou na abordagem musical que os fãs podem notar em trabalhos mais recentes? Se sim, qual?

Pensamos que a agressividade nas músicas está mais presente neste segundo álbum mas nunca deixamos de incluir o que nos identifica que são os solos, melodias e técnica.
Queríamos ter mais impacto e pensamos que temos vindo alcançar isso com este segundo álbum.


M.I. -  Quais são os vossos planos para o futuro?

Tocar mais, tocar em locais diferentes, tocar mais em festivais e tocar mais fora do Algarve.
Basicamente tocar e espalhar a nossa magia por Portugal e lá fora também.


M.I. -  Que sugestões poderiam deixar para quem está agora a começar no mundo da música?

A música é arte e cultura, para nos mantermos e conectarmos com ela temos que a sentir.
Não é um mundo fácil de vingar e especialmente em Portugal leva demasiado tempo a conseguires ser conhecido, mas é uma jornada inacreditável, temos vindo apreciar cada vez mais as amizades e os momentos que se criam à volta de uma banda e de tocar ao vivo.
Nunca esquecer que o profissionalismo numa banda hoje é muito importante, diríamos até que é tão importante como ter talento e ser bom músico.

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Entrevista por Clara Nunes