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Anaal Nathrakh - "Passion" Review

Goste-se ou não, é impossível ficar indiferente à violência despoletada por cada lançamento dos Anaal Nathrakh. “Caos” é algo que pode facilmente definir a banda por aqueles que não gostam mas aqueles que gostam também podem acrescentar a palavra “melódico” ao “caos”. No entanto, a melodia aqui é suja, distorcida e sempre, sempre, violenta. Uma violência cativante e viciante. Se houvesse uma banda sonora para o fim do mundo, esta seria a escolhida e falo em banda sonora porque há muitas imagens que são transmitidas. As imagens não são bonitas, mas também não há aqui nada de bonito para mostrar. A capacidade de conseguir transmitir algo mais que apenas música é que é apreciável. Se pegarmos por exemplo no início de “Volenti Non Fit Iniuria” é como aquela música que surge antes da matança nos filmes de terror em que a música (quando bem empregue) é usada como mais uma personagem, intensificando o impacto das imagens. Aqui o impacto é tão grande que as imagens ficariam para segundo plano.

E se a violência do caos impressiona, o que é que se pode dizer quando esse caos tem refrão? E quando esse refrão entra directamente para o cérebro como se fosse injectado numa agulha infectada de todas as doenças possíveis e imaginárias. A imagem não é bonita. Este álbum também não. E é por isso que resulta em pleno.

Nota: 9.1/10

"Passion" Track List:

01. Volenti Non Fit Iniuria

02. Drug-Fucking Abomination

03. Post Traumatic Stress Euphoria

04. Le Diabolique Est L'ami Du Simplement Mal

05. Locus of Damnation

06. Tod Huetet Uebel
07. Paragon Pariah

08. Who Thinks of the Executioner?

09. Ashes Screaming Silence

10. Portrait of the Artist




Review por Fernando Ferreira