About Me

Animals as Leaders - "Weightless" Review

Este segundo lançamento dos Animals as Leaders, "Weightless", comprova a genialidade musical do seu fundador Tosin Abasi como um dos criadores mais inesperados, técnicos, e simultaneamente melodiosos do panorama do metal progressivo/djent.

À primeira audição é possível perceber que a evolução deste álbum para o álbum de estreia reside na inclusão de um baterista (visto que as linhas de bateria do self-titled de 2009 eram programadas) Navene Koperweis e de mais um guitarrista Javier Reyes, que acompanha Abasi na mestria da guitarra de 8 cordas.

Desde o primeiro álbum que Abasi soube diferenciar-se das restantes bandas de djent (à excepção dos Periphery, não tivesse Misha Mansoor programado parte dos instrumentos do seu primeiro álbum): os Animals as Leaders, apesar da genialidade técnica, valorizam a melodia e o sentimento em detrimento do virtuosismo. Não que o virtuosismo e a genialidade instrumental não estejam, porque estão, e muito! Mas nunca, remetem a melodia e o sentimento para segundo plano, agindo por isso de forma subtil para enaltecer a beleza musical.

Ao longo do álbum viajamos entre faixas de um peso notoriamente metal, com adições do virtuosismo do djent e da experimentalização do jazz fusão.

Outro ponto surpreendente dentro do género é o facto da duração das músicas não excederem os 5'30'', sendo que a duração média ronda os 3'. Notoriamente Abasi sente que a eficácia da profundidade e beleza das suas composições são melhor conseguidas com faixas de duração inferior ao esperado em bandas de progressivo. Qualidade acima da quantidade. E perfeitamente conseguidas.

Num álbum instrumental tão rico e diverso como este "Weightless" é difícil graduar faixas por qualquer método de avaliação: a coesão do álbum é inequívoca.

Sem dúvida que Abasi e os seus Animals as Leaders são uma força a ser considerada no panorama metal, e que sem dúvida vieram para ficar com a sua perfeita aliança entre técnica e melodia. E muito sentimento.

Nota: 8.4/10

Review por Ricardo Correia