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Reportagem: Dream Theater + Periphery @ Coliseu dos Recreios, Lisboa - 26/02/12

No domingo passado, dia 26 de Fevereiro, os fãs portugueses dos Dream Theater tiveram a oportunidade de assistir a mais um concerto dos reis do metal progressivo, apenas 7 meses após a última visita da banda a Portugal, evento esse que aconteceu no Coliseu do Porto.

Na abertura estiveram os Periphery, banda norte-americana responsável pelo aparecimento do género djent, praticado também por bandas como Tesseract e Animals as Leaders. Estas bandas desenvolvem uma sonoridade fortemente influenciada pelo som criado pelos Meshuggah, adicionando-lhe melodia e diferentes ambientes. A setlist do concerto foi composta por "New Groove", um curto tema do EP "The Icarus Lives", editado no ano passado e por quatro faixas do seu homónimo álbum de estreia, editado já em Abril de 2010. "Letter Experiment" mostrou a força do colectivo americano que conta com três guitarristas e a balada "Jetpacks Was Yes!" também se destacou. Apesar de praticamente toda a gente ter estado presente para ver Dream Theater, os cerca de 40 minutos de actuação dos Periphery convenceram alguns dos presentes, que ficaram rendidos à boa performance e presença em palco do colectivo proveniente do outro lado do Atlântico.


A banda suporte teve uma boa actuação mas nada que se compare ao fantástico concerto dado pelos mestres do metal progressivo. O Coliseu esteve repleto de público para os voltar a ver (eles que são uma presença bastante assídua no nosso País) e certamente todos os presentes ficaram satisfeitos com as mais de duas horas de excelente música, executada ao vivo na perfeição pelos seus criadores e pelo 'novato' Mike Mangini, que fez esquecer por completo Mike Portnoy, pelo menos durante o tempo de actuação do grupo. O baterista teve mesmo tempo para um fenomenal solo de bateria durante a primeira metade do concerto, mostrando o seu talento excepcional a quem ainda não o conhecia. A setlist contou com seis músicas do seu mais recente disco "A Dramatic Turn Of Events", que divide as opiniões dos fãs, no entanto músicas como "Bridges In The Sky", "Outcry", "Breaking All Illusions" e "Build Me Up, Break Me Down", resultaram muito bem ao vivo. A meio do concerto os presentes tiveram oportunidade de ouvir duas músicas em formato acústico, o clássico "The Silent Man", que foi obviamente bem recebido pelo público e "Beneath the Surface", uma balada do último álbum que não teve o mesmo efeito nos fãs de Dream Theater, sendo mesmo um dos momentos mais mornos do concerto. Mas alguns dos momentos altos estavam reservados para a segunda metade da actuação. O álbum "Six Degrees of Inner Turbulence", foi visitado da melhor maneira pelos Dream Theater com "War Inside My Head" e "The Test that Stumped Them All" e a fantástica "The Spirit Carries On" foi cantada em uníssono pelo público. A incontornável "Pull Me Under" fechou com chave de ouro uma magnífica actuação de uma banda formada por alguns dos melhores músicos dos mundos do metal e do progressivo. De realçar a excelente performance do muitas vezes criticado, ou ignorado James LaBrie, que mostrou estar numa forma exemplar. Poderão voltar quantas vezes quiserem que os fãs cá estarão todos para os ver novamente.


Texto por Mário Rodrigues
Fotos por Diana Fernandes


Agradecimentos: Prime Artists e PEV Entertainment