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Eths - "III" Review

Dentro do estilo Female Fronted Metal Scene, mas com uma abordagem mais virada para o nu-metal e metalcore, os franceses Eths chegam a 2012 já com álbuns de originais na bagagem e uma interessante carreira que começou em 1999 com a edição da demo homónima. Deles sempre se valorizou não só a energia que davam as suas composições, mas também a sua carismática vocalista Candice Clot, possuidora de um vozeirão que vai lá vai, e que por acaso até canta na sua língua mãe em algumas músicas, o que inspirou por exemplo os Kells.

Ao terceiro disco, previsivelmente intitulado de III, a banda marselhesa volta à carga….mas aparentemente de uma forma mais tímida. Provavelmente a produção terá uma palavra a dizer em tudo o que correu menos bem neste disco, mas a verdade é que energia é algo que decididamente não passa para o ouvinte. O peso continua, os riffs idem, bem com os berros de Candice, mas tudo envolto num sentimento de monotonia que chega a ser quase sufocante. Algo que diga-se reflecte-se e de que maneira na vocalista que soa algo aborrecida, principalmente nas partes mais cantadas, onde faz lembrar e de que maneira Cristina Scabbia dos Lacuna Coil. De notar ainda o papel cada vez maior dos teclados na música deste colectivo, chegando mesmo a criar autenticas passagens sinfónicas em alguns temas.

No entanto, as malhas estão lá, com Adonai logo à cabeça, e Harmaguedon, Gravis Venter e Prosepina (aquele riff lá para o meio é simplesmente delicioso) a valerem a pena umas quantas audições. O mais frustrante é que de nenhum dos temas aqui contidos se pode dizer que seja uma perca de tempo, tal como nem mesmo Adonai será algo que irá marcar de forma vincada a carreira dos Eths.

No fundo III parece ser o resultado de uma banda em piloto automático, que perdeu a chama, mas não o talento. Esperemos que para a próxima corra melhor.

Nota: 6.9/10

Review por António Salazar Antunes