
Segue a tradução possível das partes mais importantes da entrevista.
Randy: "Eu não sei nada sobre qualquer tipo de incidente que alegadamente tenha acontecido durante o concerto. Lembro-me apenas vagamente de alguns detalhes do espectáculo, principalmente porque toquei imensos concertos antes e depois do evento em questão. Recordo-me apenas que o palco era demasiado pequeno e que tivemos grandes dificuldades em conseguir colocar lá todo o nosso equipamento. Aparentemente, partilhávamos o espaço também com um segurança devido à quantidade de pessoas que conseguiam subir ao palco – particularmente um rapaz de baixa estatura - mas, é possível que esteja a confundir os detalhes com o que aconteceu noutros lugares onde actuamos e, uma vez que eu não uso óculos durante os espetáculos vejo pouco mais que contornos difusos. De qualquer forma, eu não ataquei ninguém, a única possibilidade de eu ter entrado em contacto físico com alguém do público seria para me proteger dos encontrões sempre que alguém subia ao palco.”
Blesk.cz: Como tens passado o tempo aqui na prisão e como te relacionas com os outros detidos?
Randy: "Leio, escrevo aos meus amigos e família e vou mantendo um diário. Dou-me bastante bem com o meu companheiro de cela (que é da Mongólia) e estou até a tentar aprender a falar Mongol. Estou também a começar a escrever um livro sobre o meu tempo passado aqui na prisão de Pankrác e têm surgido imensas ideias para novas letras.”
Blesk.cz: Tens algumas reservas sobre a cooperação com a polícia checa e sobre o justo desenlace do teu caso?
Randy: "No que diz respeito à polícia, acredito que agiram de forma bastante profissional e seguiram todos os princípios da boa conduta mas, em termos de justiça, honestamente não sei o que esperar porque é um sistema diferente do Americano. Sempre achei que se conseguisse pagar a fiança seria libertado….”
Blesk.cz: Conseguiste pagar a fiança estabelecida e, aparentemente, serás libertado brevemente. Quais são os teus planos?
Randy: "Se puder regressar aos Estados Unidos, vou cortar a relva, passar tempo com a minha Família e mergulhar de imediato em novos espectáculos para poder pagar as taxas legais. Tenho de ajudar os meus amigos a fazer algum dinheiro para que possamos viver condignamente. Se for obrigado a ficar na República Checa vou visitar o país, principalmente Praga, seguir as pegadas de Kafka e comer bolinhos.”
JM