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Trollfest - "Brumblebassen" Review

Faz bem sair do lado sério das coisas de vez em quando. Quando se fala em fazer isto, ao mesmo tempo que se conjuga a palavra Metal, os Trollfest são um dos nomes mais sugestivos para isso.

É o quinto longa duração destes noruegueses que além da sua adoração à música pesada, brindam-nos com um acordeão, e vozes maioritariamente norueguesas, sempre num ambiente de festa e mesmo de quem mal leva a sério o que estará para vir, com o lançamento de algo com tanta falta de seriedade.

Mas sabem? Por muito “apanhados do clima” que sejam, estes trolls escandinavos têm a mínima seriedade necessária para sair daqui algo de qualidade. Afinal, melodias e refrões cheesy’s, com a finalidade de nos transmitir tamanha boa disposição, é a fórmula dos TrollfesT desde “Willkommen Folk Tell Drekka Fest”.

Agora que sabem o que esperar de “Brumblebassen”, só resta salientar os pontos mais altos deste álbum: Começando pela faixa-título que abre em grande com o seu refrão dançante e catchy, que imediatamente nos dá um cheirinho do que se segue. Já “Finsken, Norsken og Presten” é um sério candidato a música de encore, com o seu refrão antémico e com ritmos dançantes que caraterizam esta banda. Logo a seguir temos espaço para um registo mais suave em “Mystirsk Maskert”, onde numa feliz expressão podemos dizer que temos aqui uma “mini-balada”. Mais para o fim, chegamos a “Sellout”, que é uma música, no mínimo, estranha. Pois junta várias razões que fazem de uma música um hit. Aqui junta-se a criatividade que faz de um tema apelativo, e um refrão completamente pop, com a voz de Trollmannen a ser, no fundo, a única coisa pesada aqui. Enigmático, mas no fundo… esta experiência fica mesmo muito na cabeça. A finalizar “Brumblebassen”, temos “Konterbier”, que apesar de ser uma boa música, destaca-se pelo momento final, que promete arrancar alguns risos de quem ouvir. Fica desde já o apelo!

Resumindo, “Brumblebassen” é um álbum que entra bem tanto nas mentes sérias, como nas mentes… “não sérias”. Talvez o acordeão possa soar enjoativo, mas quando “o que se quer é festa”, acaba por ser um pormenor sem grande importância.

Nota: 7.4/10

Review por Diogo Marques