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Dragon Guardian - "Polyphony" Review


Como convencer alguém a levar a sério uma banda de nome Dragon Guardian? Ainda para mais quando analisando o catálogo de lançamentos dessa banda, se chega à conclusão que esta teve o desplante de chamar a um dos seus disco de…. Dragonvarius? É certo que mesmo tendo em conta que o que falamos de power metal sinfónico, a lamechice tem os seus limites, daí que a tarefa inicial apresente um grau de sucesso bem baixo.

No entanto essa incursão discográfica permite ainda chegar à conclusão de que os Dragon Guardian, também possuem uma precocidade de lançamentos em tudo semelhante à dos seus conterrâneos Boris, tendo no ano passado lançado 3 discos, enquanto quem em 2012 já vão em dois lançamentos. Ou seja, isto das duas uma, ou estamos na presença de uma super banda cujos seus workaholic membros têm imaginação suficiente para sustentar tais pretensões, ou então de alguém cujo tempo disponível será porventura inversamente proporcional aquele que vale a pena despender com eles.

A fórmula parece ter sido tirada do livro de regras de como fazer power metal sinfónico, versão japonesa, como se estes tipos não tivessem ouvido outra coisa na adolescência para além de X-Japan e Rhapsody of Fire. Ou seja, aqui ouvimos os exageros e infantilidades dos transalpinos, juntamente com a mística muito própria deste tipo de bandas da terra do sol nascente.

Talvez por isso, Polyphony acabe por conter algum nível de entretenimento, e mesmo tendo em conta a incapacidade dos músicos em sair da sua zona de segurança, ou experimentar algum arrojo, só com muita má vontade se poderá catalogar este disco de mau ou medíocre. Aliás todos os temas se encontram no campo do aceitável, sendo que Book Of The Magic e Destiny Of The Sacred Kingdom até ultrapassam ligeiramente essa fasquia.

Em suma, a banda tem talento, mas não tem imaginação, não é o primeiro caso e nem será o ultimo. De certo que Polyphony não irá contar para lista dos melhores ou dos piores discos do ano, mas que tem os seus atributos lá isso tem, nem que seja no campo do humor, onde nos podemos deliciar com os fantásticos títulos e letras, quando estas não são em japonês claro. No fundo Polyphony é daqueles discos que não chateia ninguém.

Nota: 7.2/10

Review por António Salazar Antunes