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Entrevista aos Revolution Within



Os Revolution Within nasceram no início de 2005, tendo desde então mostrado ao público português a sua energia. O reconhecimento que a banda obteve também lhes permitiu partilhar o palco com algumas bandas internacionais e agora mais uma a acrescentar a lista: dia 20 de Novembro vão partilhar palco com Trivium no Paradise Garage em Lisboa. Após o lançamento do novo álbum, “Straight From Within”, a reacção está a ser bastante positiva. Falamos de uma banda tem mostrado o seu valor e que não deixa ninguém indiferente nos palcos por onde passa, não só pela música como também pela amizade e humildade. Tivemos o prazer de falar com o Raça, vocalista dos Revolution Within.


M.I. - Comecemos pelo novo álbum, “Straight From Within”. No que diz respeito às reacções do público e imprensa, como está a ser aceite? 

A reacção está a ser bastante positiva! Sabíamos que desta vez a fasquia estava um pouco mais alta pois as pessoas, depois da saída do “Collision”, queriam ver se nos espalhávamos ao comprido ou se dávamos um passo em frente… Quero acreditar que foi mais a segunda hipótese (risos).


M.I. - Com o sucesso do álbum anterior, “Collision”, sentiram alguma pressão a compor o “Straight From Within”? 

Nada disso! Foi tudo numa boa! (risos) A sério! No início estávamos meio perdidos mas com o passar do tempo as coisas começaram a ganhar forma e as coisas apareceram de forma espontânea… Tivemos uma ou outra dificuldade mas, no geral, o processo de composição foi tranquilo e sem stress… 


M.I. - Quando estão a compor e criar novas músicas, pensam como será a energia ao vivo proveniente do público quando tocarem essa mesma música?

Acho que inconscientemente acaba por ser a nossa principal preocupação: compor malhas que ao vivo soem poderosas e transmitam energia positiva. Não podemos esquecer que a maior parte das vezes um concerto ao vivo é o primeiro contacto dos ouvintes com o nosso som. Convém que fiquem logo bem impressionados (risos). 


M.I. - Qual é a mensagem por detrás de Revolution Within?

Como referi atrás, quero acreditar que somos uma banda que transmite energia positiva, por isso a nossa mensagem será sempre de acreditar em nós próprios, em nunca desistir, de sermos fortes. Não queremos ser porta-vozes de nenhum movimento, apenas queremos que as pessoas à nossa volta estejam satisfeitas e que consigam, ao ouvir o nosso som, abstrair-se um pouco da actual dura realidade, e que acreditem que é possível contornar os obstáculos e dar a volta por cima…

M.I. - Vocês vão ter a oportunidade de abrir para uma grande banda internacional, os Trivium. Como se sentiram quando receberam a notícia?

Foi uma grande notícia, sem dúvida! Deixou-nos extremamente contentes e com a sensação que todo o esforço feito até agora começa a dar frutos. É mais uma excelente oportunidade que temos para ganhar currículo e mostrar lá fora o bom metal que se faz cá dentro. Tenho a certeza que não iremos defraudar quem tem acreditado e apostado em nós!


M.I. - Sentem que têm como que um dever de representar o povo português? 

Não necessariamente, mas logicamente que em situações que o justifiquem, tudo faremos para elevar o nome da nossa nação! Temos orgulho em ser portugueses e sabemos que haverão situações em que seremos vistos como uma banda de Portugal, aquele país pequenino onde por norma não acontece nada de relevante no metal… (risos) Temos que mudar essa mentalidade, mostrar que somos grandes! Mostrar a verdadeira “Raça” (risos).


M.I. - O que pensam do metal em Portugal? 

Muito sinceramente, acho que já viveu dias melhores… Nestes últimos dois anos o movimento metaleiro tem vindo a decrescer, muito provavelmente devido à falta de dinheiro. No sentido contrário, verifico que há cada vez mais e melhores bandas, mas com dificuldades em mostrar serviço… Espero que as coisas melhorem brevemente pois assim será melhor para todos e seria sinal que as pessoas podem voltar a investir um pouco do seu tempo (e dinheiro) em coisas que lhe dão realmente prazer… o público e as bandas agradecem!


M.I. - Falem-nos do melhor concerto que já deram. 

Já tocamos no estrangeiro, já partilhamos o palco com grandes nomes internacionais (Kreator, Morbid Angel, Opeth, Devin Townsend, Anathema, Hatesphere, Dew-Scented, entre outros) e já participamos nos maiores festivais portugueses pelo que seria um pouco injusto destacar apenas um. Prefiro falar pelo global… Todos os concertos, cada um à sua maneira, foram grandes concertos! Também terão havido concertos menos bons mas mesmo assim foram tocados com entrega e dedicação!


M.I. - Planos para o futuro? Que tal uma tour pela Europa? 

É uma hipótese, sim. Mas não depende única e exclusivamente de nós… Estamos a efectuar alguns contactos e vamos deixar, à semelhança de outras situações, que as coisas aconteçam de forma natural e espontânea… Cheers!!!


Entrevista por Sara Leitão