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Fogalord - "A Legend To Believe In" Review


Quando pensávamos que o power metal sinfónico estava na mó de baixo, eis que surgem os Fogalord, uma banda italiana (what else?) que se estreia nas lides discográficas com este "A Legend To Believe In". O poder da faixa de abertura (tecnicamente da segunda faixa, já que a de abertura é uma intro intitulada "Follow The Fog"), "At The Gates Of The Silent Storm", impressiona pelo seu poder, principalmente pelo trabalho de bateria, castigada sem misericórdia por Francesco Zanarelli - que também está nos Synthponia Suprema, tal como o baixista Lorenzo Costi (baixista) e o líder do projecto, Dany All (Vocalista/teclista), sendo sem dúvida a melhor faixa do álbum.

Ok, o nome é estranho - Fogalord não parece muito apelativo - e é certo que grande parte das coisas que  podem irritar numa banda deste género estão aqui presentes. Som proeminente de teclados e demasiado pomposo, vocalista com a voz típica do estilo embora não se aventure demasiadas vezes pelos agudos, um número algo elevado de intros e interlúdios e uma certa dose de azeite, pequena, é certo mas que mesmo assim não passa despercebida. Por outro lado, isto não é nada que impeça de apreciar o álbum por aquilo que é, um trabalho acima da média de power metal sinfónico que pode chamar a atenção de todos os apreciadores do chamado Euro-metal.

Se a "The Scream Of The Thunder", "Our Last Nightfall" são um tiro ao lado, faixas como a já citada "At The Gates Of the Silent Storm", "The Fog Lord", o tema título e "A Day Of Fire" acabam por restaurar o equilíbrio. Pelo meio ficam várias intros que não se sustém sozinhas, a "The March Of The Grey Army" que não é má, mas também não é nada de especial e o épico de quinze minutos "Of War And Resurrection", que é um pouco difícil de acompanhar sem soltar um bocejo ou outro. A média é sem dúvida positiva, com uma produção que se calhar é demasiado digital e polida para o seu próprio bem mas que cumpre o seu propósito.

Mais uma banda a acompanhar no espectro do power metal sinfónico e épico italiano, sem chegar a ter o impacto que os Rhapsody tiveram anos atrás com a sua estreia. Mas tal também seria difícil, se não impossível, e não era o esperado aqui. Para os amantes do género, vale a pena ouvir.

Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira