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Neal Schön - "The Calling" Review


Neal Schön é um nome conhecido dos amantes do hard rock americano, tendo já uma longa e distinta carreira que começou nos finais da década de setenta. Tocou na banda do Santana, é um membro fundador do lendário grupo de rock americano Journey, inúmeras participações noutros discos, projectos e este "The Calling" é já o seu sétimo álbum. É alguém que não tem nada a provar o que muda a forma como se olha para este álbum.

Antes de mais, é um ambiente solto e descontraído, não querendo isto dizer que a prestação do músico é menos que perfeita. Apenas temos várias influências, vários estilos, a conviver nas diversas faixas que compõem o álbum. Do feeling rock instrumental que Joe Satriani popularizou presente na enérgica faixa título que abre o álbum, na mais lenta e antémica "Six String Waltz" ou na pesada "Back Smash". Também temos o lado mais experimental como a "Carnival Jazz" - que começa com um lead bem Satriani e que depois entra em alguns devaneis jazzísticos; a também pesada e de feeling oriental"Fifty Six" que também tem muito de jazz, esta faixa que conta com a participação de Jan Hammer com um solo no sintetizador Moog (dos Mahavishnu Orchestra).

Também temos a vertente mais baladeira, próxima dos momentos mais calmos dos Journey, onde se encaixam os temas "Irish Field" (curto tema acústico), a "True Emotion" (grandes solos que esta música tem), a "Blue Rainbow Sky" (mais uma balada com solos emotivos, esta dedicada, ao que consta, a Ronnie James Dio) e a "Song Of The Wind" que encerra o álbum.

À primeira pode-se estranhar o álbum ou até passar completamente ao lado, afinal é um disco à antiga de rock instrumental, com algumas influências jazz pelo meio e sem a regurgitação de escalas a torto e a direito à velocidade da luz. Para o comum metaleiro, será mesmo um disco que vai passar ao lado, mas também não foi feito para eles. O alvo são os fãs de Journey (ou do próprio guitarrista) e os fãs de rock instrumental ao estilo Satriani. Como disse no início, Neal já não tem nada a provar a ninguém e a sinceridade e honestidade com que este trabalho cresce dentro de nós é de assinalar. Mesmo que seja necessária alguma paciência para atingir esse estado.

Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira