About Me

Orange Goblin - "A Eulogy for the Damned" Review


Formados em 1995 no Reino Unido, os Orange Goblin são uma banda de heavy metal que nos entrega com este “A Eulogy for the Damned” o seu sétimo álbum.

Do seu processo alquímico de composição, misturando elementos de stoner metal, doom metal e hard rock, resulta uma sonoridade marcadamente saudosista, e no entanto (ou por isso mesmo) intemporal.

Uma certa cadência nos riffs – nem tanto no tempo quanto na linha melódica - transporta-nos imediatamente para um “Universo Sabbathiano” (referenciando aqui o excelente trabalho de guitarra muito alicerçado na imagética de Tony Iommi), sendo no entanto de sublinhar que os Orange Goblin se movem entre duas dimensões muito distintas de escuridão e de luz, ainda assim predominando a última.

Músicas como a “The Filthy & The Few” e o grande hino “Save me from myself”, ainda que pincelando um modus vivendi algo ruinoso e descarrilado, inspirando uma audição ligeira e descomprometida, com aquela típica energia do hard rock que sugere uma garrafa de whiskey e um amplificador de guitarra a rebentar tímpanos num qualquer pub de reputação duvidosa, ao passo que registos como a “Death of Aquaris” (a melhor música do álbum) sublinham uma incursão por uma dimensão mais negra e poderosa.

No fundo, sem concessões a devaneios onde não existe espaço para os mesmos, encontramos no “A Eulogy for the Damned” um bom disco de hard rock capaz de nos motivar uma boa meia-hora de “headbanging” (com a respectiva cerveja na mão e sorriso no rosto) cortesia de uma banda que conta já 17 anos de existênciae que é sem dúvida constituída por músicos tecnicamente sólidos.

Sendo curioso verificar que a sonoridade dos Orange Goblin resulta mais original e marcante quando mergulham no lado mais negro e descontrolado da sua personalidade, admitimos que não será esse o seu objectivo. Porém que objectivo será mais nobre do que fazer boa música, seja ou não original?!

Recomendadíssimo aos fãs da velha guarda das guitarradas, da cerveja, e das longas conversas pela noite fora.

Nota: 8/10 

Review por Sérgio Carvalhais Correia