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Ruins - "Place Of No Pity" Review


A Tasmânia é realmente um sítio curioso para criar demónios. Os Ruins, oriundos de Hobart, na Tasmânia, já têm uma carreira com quase uma década de longevidade e quatro álbuns editados, sendo este "Place Of No Pity" o quarto. E estes demónios vomitam o seu death/black metal não de uma forma muito furiosa mas mais de uma forma mais poderosa - se fôssemos a comparar influências clássicas do estilo black metal, talvez os Ruins estejam mais próximos dos primórdios dos Celtic Frost do que propriamente de uns Bathory - onde a força reside sobretudo na simplicidade eficiente dos riffs (ouvir a "Death Lends The Ultimate Touch" como exemplo.

O tempo mais comum neste álbum é mesmo o mid-tempo, embora existam algumas excepções como a primeira malha "Inhabit The Twilight" e a "Winters Will", apenas para citar dois exemplos. Esse factor também reforça a presença death metal no seu som, embrutecendo-o consideravelmente. Outra característica das músicas, é o seu carácter épico que se alia na perfeição ao já referido tempo adoptado pela banda, sendo essa característica um elemento da sua identidade muito importante. A voz é o único ponto que pode levar a lembrar Tom G. Warrior, mas neste caso, esse factor é possivelmente mais positivo do que negativo.

É um bom álbum de death/black metal, com uma atmosfera old school bem positiva, simplicidade nos riffs mas também, ao mesmo tempo, algum feeling progressivo nas estruturas das músicas, embora se possa instalar um certo marasmo para quem não seja particularmente fã deste tipo de som.

 

Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira