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Enforcer - "Death By Fire" Review


Os Enforcer são uma das coqueluches do momento revivalista que assolou a música pesada nos últimos anos. Razão do seu sucesso? Provavelmente provocarem a mesma emoção que os primeiros trabalhos de Maiden e Metallica provocaram no início da década de oitenta. Com as devidas distâncias, porque apesar da história se repetir por ciclos, nunca se repete exactamente da mesma forma. No entanto, a energia que os Enforcer mostram que têm potencial para se tornarem ainda maiores do que aquilo que já são.

Com uma curta intro intitulada "Bells Of Hades", que até não é muito essencial para o andamento do álbum, surge logo "Death Rides This Night" que tanto de Metallica na fase "Kill'Em All", como da irreverência dos britânicos Raven e o feeling da demo de 82 dos Anthrax. Mais clássico que isto é difícil. E por falar em clássico, "Run For Your Life" é um desfilar de solos e riffs que parece que sempre existiram e que estão naquele cantinho clássico da nossa memória.

Em "Take Me Out Of This Nightmare" tem-se desde Judas Priest a um certo toque de Mötley Crüe no início de carreira (ou do espírito glam cru presente também nos primeiros álbuns de W.A.S.P.)Parece que vale misturar tudo desde que esse tudo inclua apenas os melhores momentos da história do heavy metal. Até direito a uma faixa instrumental que grita Maiden por todos os poros se tem, com a "Crystal Suite" a rivalizar até com clássicos como "Genghis Khan". No entanto, a faixa que parte tudo é mesmo a Silent Hour/The Conjugation, um clássico intemporal que merece figurar em qualquer lista das melhores músicas de heavy metal de sempre!

Trinta e cinco minutos de heavy metal rápido, sem concessões, como mandam as regras. E se quando se segue as regras se corre o risco de não se atingir o extraordinário ou por simplesmente por ser-se conformista demais ou por ser-se incapaz de ser original, aqui temos um fenómeno da natureza musical. Porquê? Simples, os Enforcer seguem as regras de um estilo, não são originais, até os podemos acusar de serem datados, mas trazem-nos oito músicas (excluindo a já citada intro "Bells Of Hades") que roçam a perfeição. Que se lixe a originalidade, que se lixem se seguem as regras, albuns destes queremos à pazada!
 
Nota: 9.6/10

Review por Fernando Ferreira