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Album - "Zephaniah" Review



Este nome de banda é dos mais estranhos que ouvi. Este nome de trabalho, é dos mais estranho que ouvi. Este EP é dos melhores EPs que ouvi nos últimos dez anos. Definitivamente. A primeira faixa, intitulada  "Prologue" parece que saiu directamente dos anos setenta, muito graças aos seus teclados vintage. Quando se pensa que estamos perante algum tipo de rock progressivo com os pés assentes naquilo que foi feito três décadas atrás, eis que surge "Shout Of The Warrior", completo hino ao hard'n'heavy sujo que apesar identificarmos com os anos setenta, tem tanto de NWOBHM como de stoner rock, com teclados, claro está. E um ritmo frenético de bateria que só seria possível nos anos oitenta.

E assim fica terminado o primeiro lado, passamos para o lado B, para a "Ballad of Zephaniah", um épico de sete minutos que reduz o ritmo mas não a intensidade. Impossível não abanar a cabeça com este tema e não ficar completamente rendido, se ainda não tinha acontecido no lado A. Guitarras cheias de fuzz, sujas, voz rouca, bateria com um som de tarola algo estridente e uma produção que tinha tudo para falhar redondamente, mas que, por incrível que pareça, resulta na perfeição. Se este EP fosse uma experiência ciêntifica, não chegariam a nenhuma conclusão.

"When Nations Collide" encerra o EP dos Album (peço desculpa pela piada fácil mas não consegui resistir) com chave de ouro. Um início com um baixo a marcar ritmo, vagarosamente, mas que cedo começa a apressar o passo para uma bela faixa, cheia de groove e fuzz e mais um ritmo que é incapaz de deixar o ouvinte indiferente. Grande malha. Grandes malhas, aliás. Um EP limitado a trezentas unidades (duzentas em vinil branco, cem em vinil preto) que tem o dom de fazer com que o ouvinte, primeiro, vá comprar o primeiro álbum lançado em 2009 e, segundo, que vá comprar um gira-discos para ouvir este EP.
 

Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira