Os Bestanger são um banda de Black Metal do Porto e este EP Genesis (Unholy) é a estreia deles no mundo discográfico. Agora que a banda foi apresentada, vamos falar sobre o que é que os Beastanger nos apresentam nas 6 músicas que compõem este lançamento.
Após a breve intro que é Prealudium, Invocatio explode ardentemente em velozes tremolos e blastbeats, revelando logo nos primeiros segundos a óptima produção feita com Genesis (Unholy), o que é muito bom na estreia de uma banda, especialmente se houver potencial, como há aqui, sem dúvida. E o potencial dos Beastanger resume-se muito a potência: Invocatio é um bom cartão de visita para o que se espera ouvir nos cerca de 24 minutos deste EP: riffs fortes e rápidos, a límpida produção que já referi, a versatilidade vocal de Kulth e a sua clareza de expressão e uma marcada influência de Watain na fase de Casus Luciferi. Consilium segue as pisadas da sua antecessora, tornando-se uma malha brutal logo após as primeiras notas, ficando cada vez melhor à medida que vai avançando, sendo seguida por Ructilus Noctem que se destaca, em pequeno plano, pela letra e português e, em grande plano, pela participação de Naamah Satana, ex-vocalista dos seus compatriotas da Invicta Infernal Kingdom, banda da qual os Beastanger também bebem influência. A encerrar em grande temos Pax Excelsis e Aeternum. A primeira explode com toda a garra que a banda consegue demonstrar: poderosa e impiedosa. Ao ponto que Aeternum (que já antes estava disponível para se ouvir uma versão ao vivo, e que aqui pode-se ouvir nitidamente cada elemento desta bomba), mostra que os Beastanger conseguem criar momentos bastante intensos.
Em súmula, Genesis (Unholy) é menos de meia hora de black metal furioso e viciante que rodará muitas vezes nos leitores de CD ou MP3 dos fãs do género. Se esta é a “génese” de Beastanger, então é um excelente começo que deixará a quem ouvir expectativas de um promissor futuro para esta banda.
Nota: 8.6/10
Review por Tiago Neves
