Hoje em dia quando se fala em death metal melódico, é difícil não ficar com o pé atrás, pensando em Metalcore. Por vezes somos enganados, noutras somos compensados pela curiosidade (ou teimosia de manter a mente aberta assim como os ouvidos). Neste caso, pode-se dizer que ficamos pelo segundo caso. Originalmente lançado em forma de edição de autor, este "Spiritual Angel" é o álbum de estreia dos Kälter,banda canadiana que até se chamavam Hatecrew nos tempos em que eram uma banda de tributo aos Children Of Bodom. O que acaba por ser bastante esclarecedor se confusões fossem feitas sobre o tipo de death metal melódico (para quem pensou em At The Gates, Dark Tranquility, Carcass ou os primórdios dos In Flames).
Para uma banda que era de tributo aos Children Of Bodom, a sua identidade parece bem definida aqui, havendo, sim, algumas similiriadades com a banda finlandesa (difícil seria se não houvesse) mas não se trata de uma cópia, ou daquela sensação que se teve ao ouvir o primeiro álbum dos Norther ou dos Kalmah. Esse distanciamento acaba por ser bem positivo, mostrando uma banda adulta e num estado de maturidade que não lhe é exigido ao primeiro álbum. A forma como começam o álbum com um épico de nove minutos e meio espelha bem isso, segurança e confiança, que não é desajustada com a realidade.
A generalidade dos temas é de duração longa, sendo que o mais pequeno tem quase seis minutos (se não contarmos com o pequeno interlúdio "Requiem") e consegue-se sentir progressão dentro das músicas, ou seja, há uma razão para os temas terem a duração que têm, não há nada forçado e a música flui. Identidade, segurança, composição sóbria mas ao mesmo tempo, longe de ser simples ou simplista. A Maple Metal teve visão para disponibilizar para o mundo este álbum, cujo efeito imediato depois de ser apreciado, é provocar no ouvinte a necessidade de ir confirmar se o álbum seguinte "Ubuntu", lançado em outubro do ano passado, apenas dois meses antes desta reedição. A conferir.
Para uma banda que era de tributo aos Children Of Bodom, a sua identidade parece bem definida aqui, havendo, sim, algumas similiriadades com a banda finlandesa (difícil seria se não houvesse) mas não se trata de uma cópia, ou daquela sensação que se teve ao ouvir o primeiro álbum dos Norther ou dos Kalmah. Esse distanciamento acaba por ser bem positivo, mostrando uma banda adulta e num estado de maturidade que não lhe é exigido ao primeiro álbum. A forma como começam o álbum com um épico de nove minutos e meio espelha bem isso, segurança e confiança, que não é desajustada com a realidade.
A generalidade dos temas é de duração longa, sendo que o mais pequeno tem quase seis minutos (se não contarmos com o pequeno interlúdio "Requiem") e consegue-se sentir progressão dentro das músicas, ou seja, há uma razão para os temas terem a duração que têm, não há nada forçado e a música flui. Identidade, segurança, composição sóbria mas ao mesmo tempo, longe de ser simples ou simplista. A Maple Metal teve visão para disponibilizar para o mundo este álbum, cujo efeito imediato depois de ser apreciado, é provocar no ouvinte a necessidade de ir confirmar se o álbum seguinte "Ubuntu", lançado em outubro do ano passado, apenas dois meses antes desta reedição. A conferir.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
