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Nigromantia - "Inherited Burden" Review


O início de "At The Edge Of Sanity" remete para um som power metal/progressivo mas cedo o ouvinte se apercebe que o que está ouvir é death metal melódico. A primeira coisa a notar é que esta produção não serve os interesses da música. Algo baça, pouco límpida, acaba por retirar algum do punch  que uma faixa como "At The Edge Of Sanity" poderia atingir. De qualquer forma, a banda húngara não vê o seu esforço destruído com este pequeno factor, ainda para mais tratando-se do seu álbum de estreia.

A dinâmica do álbum também serve a seu favor, já que temos o início com aquele toque progressivo que referi atrás, na segunda e na terceira, "Point Of No Return" e "Unhealed Scars", respectivamente, temos uma aproximação mais directa e brutal, não esquecendo os leads melódicos por parte de Péter Kiss. "Stillborn Justice" tem uma abordagem mais próxima da mistura melódica entre o death metal e o thrash moderno. No tema título voltamos aos temas mais directos e brutais, sendo uma das melhores faixas do álbum, porrada na cabeça que se recebe com prazer, principalmente com leads e solos bem viciantes. Pena a sensação que fica de acabar a meio.

"The Art Of Killing" e "Final Salvation" prosseguem na mesma linha, embora a primeira com uma secção intermédia mesmo catchy, melodia memorável e a segunda com um ritmo marcante e um bom solo de guitarra. O início de "Fallout" remete novamente para o feeling progressivo que tivemos com a primeira faixa, misturando mais brutalidade melódica do seu death metal e terminando de forma bem inspirada. É uma boa estreia, que peca apenas pela produção mas que a mesma não é impedimento para valorizar esta estreia e para reter este nome para o futuro.

 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira