Não será exagero dizer que hoje em dia, cada vez mais, vivem-se momentos excitantes para o heavy metal. Talvez não em termos de aceitação comercial - se bem que tal também é discutível - mas em termos criativos, ninguém poderá negar que hoje em dia, grandes álbuns de heavy metal chegam aos escaparates de bandas desconhecidas. Os Mascot Parade são uma dessas bandas.
Algures entre a simplicidade e peso do doom, com o poder do heavy metal e uma voz bem cativante, "Cause & Effect" atinge o ouvinte incauto como se fosse uma marreta. Inesperadamente bom, inesperadamente clássico e inesperadamente moderno, de uma forma ironicamente paradoxal. Henrik Bringas tem uma voz que hipnotiza, transpirando a honestidade do verdadeiro doom (como é possível que um hino como "Bugs & Hope" não tivesse sido composta antes? Uma dança hipnótica ritmada a guitarras fortes, bateria e baixo possantes a reforçar o ritmo).
Sendo este o segundo álbum, nota-se aqui um salto na qualidade bem assinalável no trabalho dos suecos, que deixam claro que apesar de agora estarem num nível superior aquele que estavam, que ainda existe muito espaço para progredir. Basta ouvir as duas épicas faixas finais, "Coexist" e o tema título, a primeira com nove minutos e a segunda com dez, pondo a nu uma certa sensibilidade pop (calma, apenas uma outra forma de dizer que as melodias se colam na cabeça e não largam mais) e um sentido de epicidade que faz com que este álbum se torne num estranho e inesperado vício.
Algures entre a simplicidade e peso do doom, com o poder do heavy metal e uma voz bem cativante, "Cause & Effect" atinge o ouvinte incauto como se fosse uma marreta. Inesperadamente bom, inesperadamente clássico e inesperadamente moderno, de uma forma ironicamente paradoxal. Henrik Bringas tem uma voz que hipnotiza, transpirando a honestidade do verdadeiro doom (como é possível que um hino como "Bugs & Hope" não tivesse sido composta antes? Uma dança hipnótica ritmada a guitarras fortes, bateria e baixo possantes a reforçar o ritmo).
Sendo este o segundo álbum, nota-se aqui um salto na qualidade bem assinalável no trabalho dos suecos, que deixam claro que apesar de agora estarem num nível superior aquele que estavam, que ainda existe muito espaço para progredir. Basta ouvir as duas épicas faixas finais, "Coexist" e o tema título, a primeira com nove minutos e a segunda com dez, pondo a nu uma certa sensibilidade pop (calma, apenas uma outra forma de dizer que as melodias se colam na cabeça e não largam mais) e um sentido de epicidade que faz com que este álbum se torne num estranho e inesperado vício.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
