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Blacklands - "A New Dawn" Review


Este álbum dos Blacklands divide o ouvinte que seja eclético no que à música pesada diz respeito. Ao primeiro álbum, os alemães lançam doze músicas em mais de setenta e oito minutos de música, o que é, sem sombra de dúvidas, um acto de coragem ou também um acto de tolice e precipitação que poderá colocar a perder o início de carreira de uma banda que sem dúvida demonstra ter muito talento - a começar pelos solos de guitarra, David Gilmour de certeza que está orgulhoso.

O facto de ter uma vocalista feminina e pelo próprio nome da banda, poderá dar a ideia de que se trata de uma banda de metal gótico, mas embora possa ter alguns elementos (poucos), a grande praia que temos por aqui é mesmo o rock/metal progressivo, evocando nomes como Dream Theater, Threshold, Marillion, Genesis, Yes, entre muitos outros, o que pode ser considerado um festim para os amantes do género, havendo apenas o problema que alguns poderão sentir, a falta de força das guitarras na mistura final.

Tecnicamente irreprensíveis, talvez um pouco ambiciosos demais, ambição essa que faz com que o seu álbum seja menos apetecível para o comum mortal, mas ao mesmo tempo, como já referi, corajoso. Dá que pensar se o segundo álbum será algo do mesmo calibre mas com alguns ajustes ou se a abordagem será completamente diferente. De destacar o épico "Powerplay", faixa com quinze minutos de duração sobre o 11 de Setembro e consequentes invasões do Iraque e do Afeganistão, uma faixa que define bem a essência dos Blacklands e o seu futuro brilhante.
 
Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira