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Magnus Karlsson's Free Fall - "Magnus Karlsson's Free Fall" Review


Ao se deparar com este trabalho, o ouvinte incauto terá que se interrogar, mesmo que isso lhe custe uns olhares reprovadores por parte de todos os que estão à sua volta: "Quem diabos é Magnus Karlsson?" Embora tenha nome para isso, não se trata do nome de um rei nórdico e sim do talentoso guitarrista que participa nas aventuras em conjunto de Jorn Lande e de Russel Allen (no projecto Allen/Lande) e é guitarrista dos Primal Fear, tendo mais uma série de projectos e bandas que parecem estar congeladas no momento presente.

Assim sendo, esta nova banda que tem ares de projecto, inicia-se assim nas lides discográficas, com um álbum forte no que ao power metal clássico diz respeito, patrocinado pela Frontiers Records, que como sempre, está no sítio correcto, na hora correcta. O que é que diferencia este álbum de outros que foram lançados nos mesmos moldes (ou seja, guitarrista cria uma banda)? É um álbum que não conta conta com um vocalista fora de série mas sim com uma tonelada deles. Acaba por estar mais próximo de um álbum dos Avantasia ou mesmo daquele também lançado pela Frontiers, encomendado a Timo Tolkki, aqui já criticado, sendo que a principal diferença com estes seja o facto de não se tratar de uma ópera rock, apenas doze músicas, cada uma cantada por um vocalista diferente, tirando algumas que foram cantadas pelo próprio Karlsson, que não se safa nada mal. Nada mal mesmo.

Sendo assim, temos as participações do já mencionado Russel Allen, Ralf Scheepers (Primal Fear), Tony Harnell (TNT), Rick Altzi (Masterplan), David Readman (Voodoo Circle), Mark Boals (Iron Mask), Rickard Bengtsson (Last Tribe), Herman Saming (Locomotive Breath), Michael Andersson (Cloudscape), sem esquecer  a participação do baterista Daniel Flores, já que tudo o resto ficou a cargo do guitarrista. De forma impressionante, todas as músicas formam uma boa dinâmica de álbum, ou seja, não parece uma colectânea de vocalistas, com resultados díspares. Todos resultam em uma maior contribuição para este álbum.

Seria tudo isto o suficiente para se ter aqui o álbum do ano, certo? Nem por isso. As músicas acabam por entrar numa toada meio aborrecida e apenas lá para a "Our Time Has Come", a sétima do alinhamento, é que a coisa arrebita. E é daqueles casos em que o "culpado" não se consegue encontrar facilmente. Bom compositor, guitarrista excepcional, no entanto, há aqui algumas coisas que não funcionam em pleno, o que faz com que haja essa ligeira distracção algures a meio e o ânimo comece a subir novamente até ao final. Para já, é um álbum interessantíssimo para todos os amantes do power metal e fica a curiosidade para saber se é apenas uma coisa de um álbum só, ou se será para continuar. E se sim, em que moldes. De qualquer forma, bastante satisfatório.

 
Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira