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The Black Dahlia Murder - "Everblack" Review


Uma das poucas bandas que consegue o feito de ser apelidada de metalcore e mesmo assim ser apreciada por quem não suporta metalcore. Sinceramente, existem certos rótulos que são usados apenas por preguiça e parece-me que este é um deles. Death metal melódico parece-me uma definição bem mais correcta para os The Black Dahlia Muder e este último álbum e é mais uma prova disso. Death metal com alguma melodia quer nos leads, quer nos solos, sendo agressivo mas ao mesmo tempo tendo aqueles momentos que são bem viciantes.

Ao sexto álbum, o grupo americano já não tem muito a provar e provavelmente as expectativas são de que mais cedo ou mais tarde (ou que conforme o tempo avança e o sucesso aumenta) a banda comece a comercializar-se, a ceder pontos na sua identidade e quanto a isso, com alguma previsibilidade para quem conhece o som, não é aqui que isso acontece. Claro que temos melodia, tal como tivemos no passado mas é nesse ponto que está uma das maiores armas da banda e um dos maiores pontos de interesse daquilo que se convenciona chamar como death metal melódico: riffs potentes, ritmos thrashados, leads melódicos e solos a acompanhar. É essa fórmula o cerne de toda a carreira dos americanos, fórmula da qual não tentam escapar nesta nova proposta.

Mesmo assim, é interessante reparar que apesar de todos os elementos que fazem desta banda uma das melhores da sua geração estas dez músicas não são de absorção como se poderia propor. É certo que faixas como "Raped In Hatred By Vines Of Thorn" e "Blood Mine" têm capacidade para entrarem na memória sem pedirem autorização e para ficarem, no entanto, no geral, há muita coisa que só começa a fazer efeito depois de algumas audições. Isto não é problema, porque quando o álbum chega ao final, ia-se colocar a rodar de qualquer forma. Assim apenas se tem uma desculpa.
 
Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira