Oriundos da Suécia, os Verminous nasceram das cinzas dos Denve, em 2002. Com um percurso recente estrearam-se nas artes sonoras com um EP, em 2003, intitulado “Smell the Birth of Death” e no mesmo ano ainda editaram o seu primeiro álbum de originais denominado “Impious Sacrilege”, já pela actual editora Xtreem Music. Poder-se-á caracterizar a sonoridade destes suecos como sendo bruta e super rápida, com momentos Death Metal, mas também com outros mais Thrash, porém todos eles são constantemente tocados numa aceleração contínua. De facto, a banda mantém a linha de composição que tem desenvolvido, apesar deste novo álbum, “The Unholy Communion”, aparecer 10 anos após o primeiro. Todo este tempo de espera deveu-se ao aparecimento de problemas de saúde individual dentro seio da banda.
Antes de tudo creio que é necessário para quem os desconhece, situar os Verminous num contexto musical. Primeiramente vemos retratada na musicalidade da banda, muito do que foram os primórdios (década de 80) do underground sueco, ao nível do Death e Thrash Metal. O que é que isto nos diz? Simplesmente que podemos encontrar nos Verminous vestígios de uns Morbid (banda seminal de Per Yngve "Dead" Ohlin e de Lars-Göran Petrov) ou de uns Merciless (primeira banda a assinar pela editora Deathlike Silence, propriedade do Euronymous de Mayhem), ou seja, temos aqui motivos suficientes para prestarmos atenção à sua música. Porém, os Verminous não se deixam ficar por aqui. A tudo isto também podemos adicionar algumas passagens que nos fazem recordar os Morbid Angel, por alturas do "Abominations of Desolation".
Agora que já consegui captar a vossa atenção, digo-vos que o “The Unholy Communion” é uma fortaleza poderosa de riffs Old School e de violência à moda antiga, com uma particularidade muito especial. Se estão à espera do típico som distorcido, à lá Entombed e afins estão muito enganados. Até a produção é fiel ao som que se praticava na altura.
Espera-vos um bom álbum de Death Metal, para todos os efeitos, que acima de tudo, representa uma excelente viagem sonora a um passado que ainda se encontra bem vivo!
Nota: 7.6/10
Review por Pedro Pedra