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Nonexistence - "Antarctica"


Nonexistence é o projecto individual do músico austríaco Philip Santoll que o próprio considera de “Cosmic Doom Black Metal” e, apesar de existir algum doom em “Antarctica”, o “cosmic black metal” que faz pensar em nomes como Darkspace ou Alrakis, pode já ter estado mais presente no álbum anterior – “Nihil”(2007) – mas este é essencialmente um disco de dark metal.

A sonoridade de “Antarctica” é, no geral, semelhante à de uns Samael pós-“Passage”, mas está longe de ser uma cópia, e o dinamismo que Philip Santoll incorpora nos oito temas do álbum, provam que este homem é bastante multifacetado no que toca a compor música, tanto na diversidade sonora, como na sua abrangência vocal. Ao ouvir este segundo álbum de Nonexistence, somos levados por uma série de temas com atitude própria e carregados de força e teclados, existindo alguns com uma certa queda para épico como “Darkness Shinning”, “Multiverse” ou “Starless Aeons”, e outros com uma veia bem mais melancólica como “Shroud of Distress”, aparecendo com regularidade momentos lentos e sombrios que trazem ao de cima o rosto mais doom de Nonexistence como é o caso de “Here Is Nowhere” ou, a faixa 100% doom com que o disco abre, “Hope Dies First”.

Temas fortes e independentes criam um disco bastante sólido onde nada é deixado ao acaso e isso é sinónimo de qualidade que deve ser reconhecida. “Antarctica” é um álbum que merece ser ouvido.

Nota: 8.6/10

Review por Tiago Neves