Depois do sucesso do primeiro álbum em 89, só passados mais de dez anos é que a banda eslovena lançou o segundo álbum, "Igra Narave". Apresentando um novo vocalista, os Sarcasm também mudaram ligeiramente a sua fórmula. Para já, o facto de cantarem na sua língua nativa (excepto na "Sarajevo By Night" e na "Tell Me Lies"). Depois o elemento thrash presente em "Crematory", aqui diluiu-se um pouco, embora tenhamos intensidade na mesma, apenas talvez um pouco mais simples, um pouco mais catchy. Não chega aos calcanhares do primeiro álbum, mas não o envergonha também. É um bom álbum, curto (como é que é possível fazer albuns de vinte e seis minutos?), mas modestamente bom.
"Divja Kri", surgiu um ano depois, ligeiramente mais pesado, mas com um som de bateria terrivelmente digital. Aliás, todo o som soa pouco orgânico e a música acaba por se ressentir desse facto. As músicas estão pobrezinhas, a voz irrita e o facto de estarem em esloveno também não ajuda. Há algumas excepções, como na "Igra Narave II", que tem bons solos e melodias/harmonias trocadas entre os dois guitarristas, mas lá está, aquele som de bateria faz quase parecer que se trata de música midi, feita por músicos amadores e não da banda mais clássica da Eslovénia.
Esta reedição que junta o segundo e terceiro álbum dos Sarcasm é um bom documento histórico mas que musicalmente não tem mais importância ou valor do que por isso mesmo, pelo seu valor histórico. Os dois álbuns juntos fazem um conjunto mediano que mesmo assim apenas deverá despertar o interesse dos curiosos, dos que gostaram mesmo muito do primeiro álbum e querem completar a colecção porque de resto, apesar dos bons momentos aqui e ali, em ambos os álbuns, as falhas de "Igra Narave" não compensam as falhas de "Divja Kri" e vice-versa.
"Divja Kri", surgiu um ano depois, ligeiramente mais pesado, mas com um som de bateria terrivelmente digital. Aliás, todo o som soa pouco orgânico e a música acaba por se ressentir desse facto. As músicas estão pobrezinhas, a voz irrita e o facto de estarem em esloveno também não ajuda. Há algumas excepções, como na "Igra Narave II", que tem bons solos e melodias/harmonias trocadas entre os dois guitarristas, mas lá está, aquele som de bateria faz quase parecer que se trata de música midi, feita por músicos amadores e não da banda mais clássica da Eslovénia.
Esta reedição que junta o segundo e terceiro álbum dos Sarcasm é um bom documento histórico mas que musicalmente não tem mais importância ou valor do que por isso mesmo, pelo seu valor histórico. Os dois álbuns juntos fazem um conjunto mediano que mesmo assim apenas deverá despertar o interesse dos curiosos, dos que gostaram mesmo muito do primeiro álbum e querem completar a colecção porque de resto, apesar dos bons momentos aqui e ali, em ambos os álbuns, as falhas de "Igra Narave" não compensam as falhas de "Divja Kri" e vice-versa.
Nota: 5/10
Review po Fernando Ferreira
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