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Fleshgod Apocalypse - "Labyrynth" Review


Os italianos Fleshgod Apocalypse chegam ao terceiro álbum, que reza o mito urbano é o da desgraça ou da consolidação. Tendo em conta o hype à volta dos dois primeiros álbuns e à volta da banda, a expectativa para este terceiro poderá ser uma faca de dois gumes. A verdade é que um dos defeitos que os álbuns anteriores tinham era de a componente orquestral e sinfónica surgirem quase desfazadas da brutalidade do death metal técnico.

Isso não acontece aqui. Esse ponto tem um preço a pagar, as músicas estão mais acessíveis. Antes que todos os fãs entrem em pânico, não quer isto dizer que agora as músicas têm vozes limpas em profusão, que estão mais lentas, que têm batida ou que houve um compromisso na identidade da banda. O qu houve inegavelmente foi um refinar da fórmula que aqui está no seu melhor em comparação com os álbuns anteriores. As orquestrações e as vocalizações operáticas estão no ponto e tudo junto a remar para o mesmo lado, em plena harmonia.

E essa é a palavra certa, harmonia. Mais uma vez tem que ser reforçado, harmonia não significa que a brutalidade tenha sido sacrificada, ela apenas é mais focalizada, fazendo com que as músicas ganhem mais poder, mais sentido. E isso é algo que se sente ao longo de praticamente todo o álbum. Alguns momentos mais calmos (as músicas instrumentais "Prologue" e o tema título) não beliscam em nada a potência deste disco que se assume como um dos grandes álbuns desta segunda metade do ano.


Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira