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Coney Hatch - "Four" Review


Se há algum território musical onde os canadianos dêem cartas a nível mundial além do death metal, será sem dúvida o hard rock melódico e os Coney Hatch são um dos nomes clássicos, que atingiram alguma notoriedade no início da década de oitenta, que apesar da qualidade musical notória e das favoráveis críticas não impediram que a banda acabasse em 1986 não conseguindo obter o sucesso comercial que lhes era devido. Como normalmente se passa neste tipo de histórias, os membros que se dispersaram por várias bandas e carreiras a solos lá se alinharam todos para uma reunião para o lançamento deste álbum, intitulado simplesmente de "Four", o quarto álbum da banda depois de uma ausência de quase trinta anos.

Como tem sido costume com as bandas de hard rock ou rock FM/AOR, o palco para esta reunião é a Frontiers, como não havia (nem podia) deixar de ser. Apesar de ser um álbum de 2013 e apesar de ter um som poderoso e moderno, o que se pode ouvir não é muito diferente, no contéudo, daquilo que se ouviria se o álbum tivesse sido lançado em 1986. Com um saudável (e infelizmente, saudoso) espírito rock'n'roll, daquele que junta os melhores vícios do hard rock glam no que diz respeito aos refrões (o vício de se fixar na cabeça) com aquelas guitarradas irreverentes e reminiscentes dos AC-DC (fechem os olhos a ouvir "Connected" e "Marseilles" e digam lá se antes da voz entrar, não imaginam a voz de Brian Johnson a ralhar nas colunas).

Claro que quando se fala de algum álbum deste estilo, tem que se falar sempre das baladas azeiteiras, mas o que é engraçado é que apesar de termos três músicas que se encaixem nesse estilo, apenas uma se enquadra no padrão de músiquinha acústica, feita para despertar a atenção das rádios (que até seria bom sinal se resultasse) no entanto, para as outras duas, a base continua a ser a guitarra electrica. Ou seja, em onze músicas, termos dez a rockar, é uma média muito boa. Um álbum cheio de grandes refrões, grandes malhas, riffs de guitarras e solos. O fã de hard rock não ficará certamente desiludido, conhecendo ou não a banda.
 
Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira